INTRODUÇÃO: Dentre todas as pessoas que precisam conviver com os sentimentos provocados pela morte, são os profissionais da área da saúde, idealmente os enfermeiros, que se encontram mais intimamente ligados, pois no cenário das instituições de saúde a morte está constantemente presente, motivo pelo qual é tema relevante, porém de difícil abordagem reflexiva, principalmente na prática de cuidado da enfermagem. Nesse sentido, é importante destacar que formação acadêmica do enfermeiro está fundamentada na cura e nela está a sua maior gratificação. Assim, quando necessita lidar com a morte, em geral, sente-se despreparado, e tende afastar-se dela. OBJETIVO: Investigar as dificuldades enfrentadas por estudantes de enfermagem frente ao processo de morte e morrer. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e qualitativa, realizada com acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, do Centro de Educação e Saúde. Para a coleta de dados foi realizada uma entrevista semiestruturada, com questões pertinentes ao objetivo proposto. A análise dos dados foi realizada de acordo com a Técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. RESULTADOS: A partir dos resultados deste estudo, observou-se que os estudantes de enfermagem apresentam dificuldade em lidar com os sentimentos frente ao processo de morte e morrer, apresentando medo, tristeza, angústia e dor diante das mortes de seus pacientes. Além disso, a análise do DSC permitiu evidenciar que não foram contempladas temáticas sobre o processo de morte e morrer durante a formação desses estudantes, resultando no despreparo científico para o enfrentamento desse processo na prática acadêmica. CONCLUSÃO: Diante disso, percebe-se a necessidade de uma melhor reflexão e discussão sobre o processo de morte e morrer na formação dos acadêmicos de enfermagem, permitindo que os mesmos tornem-se capacitados para enfrentar essa situação durante a prática profissional.