INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional está ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais e de valores familiares. O cuidado aos idosos é prioritariamente de responsabilidade de seus familiares, no entanto a família divide ou passa totalmente em alguns casos essa responsabilidade a uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes que corresponde às instituições de longa permanência para idosos. OBJETIVO: Observar como dar-se os cuidados prestados nos abrigos para velhice, analisando a percepção da realidade vivenciada pelos idosos e seus cuidadores. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de uma visita técnica realizada a dois abrigos para idosos, Abrigo da velhice abandonada Jesus, Maria, José da cidade de Crato e o Casa do Idoso Associação Assistencial José Bezerra de Menezes de Juazeiro do Norte, pelos acadêmicos do oitavo e sexto período de Enfermagem. Realizada na data de 17 de junho de 2015. Supervisionada pela professora da disciplina de saúde do idoso em parceria com a administração dos abrigos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Diante do exposto, puderam-se levantar as seguintes observações: Os residentes dos abrigos são pessoas que foram abandonados por seus familiares, não tem parentes próximos ou que por escolha optaram por morar nesses abrigos. No momento da visita um dos abrigos atendia a uma demanda de 22 idosos e o outro 60, sendo essas instituições sem fins lucrativos. Em ambas instituições os idosos são cuidados por profissionais comprometidos com o envelhecimento de qualidade, desempenhando suas funções com responsabilidade, respeitando a autonomia e limitações dos moradores. No que desrespeito a população idosa, grande maioria é acometida por patologias relacionadas a idade, como: Alzheimer, hipertensão, diabetes e transtornos mentais. Alguns dos idosos tem um sentimento de abandono em relação ao asilamento e baixa frequência das visitas, e que muitos preferiam estar com seus familiares. Existem aqueles que sentem que o abrigo é seu próprio lar, pois não tem familiares próximos. Foi observado que todos estão satisfeitos com os cuidados oferecidos pelas instituições. CONCLUSÃO: Apesar de muitos preferirem estar próximos de seus familiares e em seu próprio lar a percepção do ambiente asilar pelo idoso institucionalizado é positiva, demonstrando satisfação em relação ao ambiente e laços de afeto entre companheiros e funcionários que estão comprometidos com a qualidade no cuidado prestado.