Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
O SIGNIFICADO E A VIVÊNCIA DO ABANDONO FAMILIAR PARA PRESIDIÁRIAS
Relatoria:
AMANDA COSTA FREITAS DE JESUS
Autores:
- Lannuzya Veríssimo e Oliveira.
- Eloíde André Oliveira
- Gisetti Corina Gomes Brandão
- Gabriela Maria Cavalcanti Costa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: com o passar do tempo, a mulher vem expandindo a sua participação na sociedade, inclusive no mundo do crime. Diante disso, advém o aumento significativo de mulheres que são inseridas no ambiente prisional, desta forma, ocorre um distanciamento ocasionado pela reclusão que constitui uma barreira evidentemente prejudicial às relações. Entretanto, com essa separação decorrente do processo de aprisionamento, por vezes, ocorre à fragmentação dos vínculos familiares e a perda dos papéis sociais atribuídos ao feminino: o de mãe e de esposa. Objetivo: compreender o significado e a vivência do abandono familiar para presidiárias. Metodologia: trata-se de um estudo qualitativo, realizado em duas penitenciárias femininas da Paraíba. Para coleta de dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada. O número de participantes foi determinado pela saturação das informações, sendo encerrado com 13 presidiárias. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo de Bardin. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual da Paraíba sob o protocolo–CAAE nº 01340133000-12 e obedeceu aos critérios da resolução 466/2012. Resultados: a partir das falas emergiram duas categorias: Significado da família para presidiárias e Abandono familiar. A primeira categoria dispõe sobre a compreensão das participantes acerca do significado de família e a segunda categoria retrata como as presidiárias vivenciam o abandono familiar durante o aprisionamento. Conclusão: Compreendeu-se que para as entrevistadas a família representa um importante suporte afetivo e elo social, de modo que o abandono familiar no período do aprisionamento associa-se ao sofrimento, ao desamparo e a solidão, e vivenciá-lo interfere na qualidade de vida da presidiária, interferindo no processo de ressocialização.