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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
SER ACOMPANHANTE NO TRABALHO DE PARTO/PARTO: OPINIÃO DE PAIS QUE PRESENCIARAM O NASCIMENTO DO FILHO
Relatoria:
AMANDA ANDRADE DE BRITO PEDROSA
Autores:
  • Ralessandra Moreira da Silva
  • Eduard Montgomery Meira Costa
  • Nara Queiroz Armentano
  • José Igor Rodrigues dos Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem-se evidenciado um crescente interesse dos homens em acompanhar a parceira durante o processo de parturição e, por conseguinte, presenciar o nascimento de seu(s) filho(s). Entretanto, embora esta experiência possa significar aos homens um momento importante para reforçar os laços conjugais e familiares, estudos apontam que os mesmos - na maioria das vezes - não se sentem preparados para lidar com os aspectos fisiológicos e emocionais que envolvem o parto, nem tão pouco sabem como devem se comportar na sala de parto. OBJETIVO conhecer a opinião do cônjuge/pai em ser acompanhante no trabalho de parto/parto e descrever a opinião dos sujeitos do estudo sobre a experiência de presenciar o nascimento de seu filho. METODOLOGIA A pesquisa teve uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, foi desenvolvido na Maternidade Municipal de Juazeiro-BA. Os sujeitos do estudo foram homens (cônjuge/pai da criança) com mais de 18 anos, que acompanharam a parceira durante o trabalho de parto/parto. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada, sendo os mesmos submetidos à Análise Temática de Conteúdo Todos os aspectos éticos propostos na resolução 196/96 foram respeitados. RESULTADOS Na análise dos resultados verificou-se que os principais fatores que motivaram os homens a acompanhar a parceira foram os vínculos afetivos/conjugais, a curiosidade e o reconhecimento do exercício da paternidade - desde o nascimento - como algo importante para si e para a família. Durante o tempo em que permaneceram na sala de parto, os homens afirmaram ter oferecido carinho e apoio à mulher, ter contribuído com ações para evolução do trabalho de parto e alívio da dor, ou simplesmente não souberam o que fazer. Quanto à opinião deles por vivenciar tal situação, descreveram sensações contraditórias. Para alguns, a experiência foi positiva, marcada por emoção, alegria, amor e ruptura de tabus. Já para outros, foi um momento de agonia por terem presenciado gritos, choro e gemidos da parceira. CONCLUSÃO O estudo sugere que o incentivo à participação paterna em todo o ciclo gravídico-puerperal, seja reforçado nos atendimentos em planejamento familiar, nas consultas de prénatal, grupos de gestantes e acompanhantes, e nas maternidades, como forma de promover a equidade de gênero, garantir o exercício dos direitos reprodutivos masculinos e o exercício espontâneo, consciente e responsável da paternidade.