A hanseníase é uma infecção crônica da pele e nervos periféricos causada pelo Mycobacterium Leprae. Seu período de incubação é muito longo, frequentemente de 3 a 5 anos. A hanseníase é transmitida entre as pessoas geralmente como resultadas de anos de contato íntimo. O M. Leprae é liberado nas secreções nasais ou lesões ulceradas de uma pessoa infectada. Não está claro o modo de infecção, mais provavelmente envolve a inoculação de bacilos no trato respiratório ou em feridas abertas. Embora atualmente a hanseníase seja rara nos países desenvolvidos, 15 milhões de pessoas então infectadas em todo o mundo, basicamente em áreas tropicais. O estudo tem por objetivo refletir sobre a assistência de enfermagem na ESF ao portador de hanseníase. Estudo reflexivo, baseando-se em artigos pesquisados em bases de dados (SciELO; BIREME) utilizando-se os descritores: “enfermagem”, “hanseníase”; “consulta de enfermagem”. Houve uma consulta a vários trabalhos científicos publicados entre 2000 e 2012, em português, inglês, espanhol. Selecionou-se 11 artigos. Os resultados revelam que é papel do enfermeiro não apenas educar e prevenir, mas também participar do tratamento através da Consulta de Enfermagem, a solicitação de exames complementares e a prescrição de medicamentos, conforme protocolos estabelecidos, nas disposições legais da profissão e outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. O enfermeiro participa também do planejamento, gerenciamento, na coordenação e avaliação das ações que serão desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem. Como enfermeiros devemos nos atentar não somente em suprir as necessidades conhecidas como também as necessidades diárias não detectadas, tendo como principal aliado a consulta de enfermagem, a qual proporciona um atendimento integral ao paciente e seus familiares.