Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
A EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE E O EMPODERAMENTO DE PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
HELOANE MEDEIROS DO NASCIMENTO
Autores:
- IRYS KARLA COSMO PEREIRA
- MABRINE MAYARA DA SILVA BRITO
- MARIANA VALÉRIA MEDEIROS
- LUANA CARLA SANTANA OLIVEIRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A Educação Popular em Saúde busca promover a autonomia, o autocuidado, o empoderamento e a emancipação das pessoas e das coletividades, além de possibilitar uma troca de saberes entre o educador e o educando, colocando ambos em um mesmo patamar. Os transtornos mentais acometem grande parcela da população mundial e, no Brasil, a estimativa é de cerca de 3% dos brasileiros e mais de 12% necessita da assistência em saúde mental em determinado momento da vida, sendo essa população ainda estigmatizada devido sua condição de saúde. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no desenvolvimento de ações de educação popular em saúde, através de visitas domiciliares na comunidade do Tambor, na cidade de Cuité-PB. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, de abordagem qualitativa, baseado nas vivências de estudantes de graduação dos cursos de enfermagem e de nutrição, durante a realização do projeto de extensão: “Educação Popular em Saúde na Comunidade do Tambor: Vivência Interdisciplinar na Atenção à Saúde da Família”, da Universidade Federal de Campina Grande, durante o mês de junho de 2015. O projeto é realizado na Comunidade do Tambor, bairro de maior vulnerabilidade social no município de Cuité-PB, sendo percebidos os mais diversos problemas, destacando-se o alto índice de portadores de transtornos mentais. Resultados e Discussão: Inicialmente, realizou-se um diagnóstico situacional da comunidade e destacaram-se, especialmente, as famílias que tinham pessoas com transtornos mentais. Por conseguinte, foi possível identificar as necessidades específicas das famílias acompanhadas, como as dificuldades de acesso à medicação gratuita e a serviços de saúde especializados; e a falta de assistência por parte dos profissionais de saúde do município. Diante dessa realidade, através de uma abordagem dialógica, começaram a ser traçadas estratégias de enfrentamento juntamente com os sujeitos e suas famílias, destacando-se a relevância de parcerias com os serviços de saúde locais e fornecendo informações acerca dos seus direitos. Conclusões: Diante do exposto, ressalta-se a importância da educação em saúde para a construção da autonomia e do autocuidado de portadores de transtornos mentais, servindo de suporte para a busca incessante de melhorias na qualidade de vida e no que diz respeito ao empoderamento e formação da consciência crítica, bem como à superação das desigualdades sociais.