Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
IMPACTOS DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO DOMÍNIO PSICOLÓGICO DA QUALIDADE DE VIDA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
Relatoria:
MOISES KOGIEN
Autores:
- José Juliano Cedaro
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, legislação e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A organização do trabalho compreende uma rede complexa de fatores que inclui elementos como o conteúdo e tipo das tarefas realizadas, o sentido e significado atribuído a essas tarefas, a divisão de responsabilidades, relações sociais e hierárquicas que, dependendo do modo como o trabalhador os vivencia, podem possuir potencial patogênico, comprometendo sua saúde e qualidade de vida. As ocupações de caráter interativo, como a enfermagem, possuem maior potencial patologizante, pois este tipo de atividade gera demandas psicossociológicas intensas, exigindo dos profissionais altos níveis de comprometimento e envolvimento emocionais. Objetivo: determinar os principais fatores da organização psicossocial do trabalho relacionados a prejuízos no domínio psicológico de qualidade de vida de profissionais de enfermagem em um hospital público. Metodologia: Realizou-se estudo exploratório, transversal e descritivo com uma amostra de 189 profissionais de enfermagem de um hospital público da região norte do Brasil. Avaliou-se a organização do ambiente psicossocial do trabalho por meio da Job Stress Scale (JSS), instrumento que avalia demanda psicológica, controle sobre o trabalho e suporte social. Utilizou-se o Modelo Demanda-Controle (MDC) de Robert Karasek como referencial teórico metodológico para análises psicossociais e, para avaliação do domínio psicológico da qualidade de vida, utilizou-se o instrumento WHOQOL-bref da Organização Mundial da Saúde. Resultados: Em relação aos fatores psicossociais associados a prejuízos no domínio psicológico de qualidade de vida de modo significativo (p < 0,05) destaca-se que baixo suporte social associou-se com baixos escores na avaliação global do domínio e na percepção da imagem corporal, autoestima e vivência de sentimentos negativos. Baixas demandas psicológicas associaram-se com prejuízos na capacidade de concentração e memória, autoestima e espiritualidade. Baixo controle sob o processo de trabalho foi fator de risco para prejuízos na vivência de sentimentos positivos. Conclusão: Foram encontradas evidências de que a organização do trabalho destes profissionais possui elementos que comprometeram o domínio psicológico da qualidade de vida e suas facetas.