A doação de órgãos e tecidos é uma estratégia que merece atenção especial, na medida em que é significativa a quantidade de pessoas que aguardam em filas de espera por um órgão que lhes garanta sobrevivência. Trata-se da retirada voluntária, dentro dos limites da lei, de um ou mais órgãos de uma pessoa após a morte, ou, em alguns casos, em vida, para a doação, sem que isso comprometa sua saúde. Nesse contexto o estudo teve como objetivo, identificar através da análise da literatura disponível o perfil clínico epidemiológico de potenciais doadores de órgãos e tecidos. O estudo foi realizado através do método de revisão integrativa, no qual foram utilizados os descritores “Doadores de tecidos and Perfil” para a realização da pesquisa de artigos relacionados à temática nas bases de dados LILACS e BDENF nas quais foram encontrados 309 artigos. Procurando-se captar os artigos que abordassem a temática foi utilizados os critérios de inclusão: artigos relacionados à temática, conteúdo completo, idioma português e publicados no período de 2007 a 2014, e os critérios de exclusão: repetição de artigos encontrados em outras bases de dados. Resultaram dessa busca 9 artigos os quais compõe amostra desse estudo. Foram analisados levando em consideração o ano, metodologia abordada, unidade da federação, revista de publicação. A partir dai contatou-se o ano de 2008, com um total de 3 publicações no que concerne ao procedimento metodológico adotado pelos autores, as 9 produções tem metodologia quantitativa, quanto à unidade da federação, destacou-se o estado de São Paulo com 4 produções, no tocante à revista de publicação, destacou-se a Revista Brasileira de Oftalmologia, com 4 das publicações, Para discussão, os artigos foram agrupados em duas categorias: Caracterização geral dos potenciais doadores de órgãos e tecidos e Causas mais frequentes de morte entre os potenciais doadores. Identificaram-se, através deste estudo que a maioria dos potenciais doadores são indivíduos do sexo masculino, brancos e de meia idade, provavelmente relacionado ao fato de os homens estarem mais suscetíveis aos fatores de risco. Através desse estudo pode-se concluir que o quantitativo de doações ainda é muito aquém do ideal, fazendo-se necessários investimentos com o intuito de divulgar e tornar publico a importância do ato de doar, visto que tal ação permitira que outras pessoas que sofrem em filas esperando por um transplante.