INTRODUÇÃO: A dependência química é um mal que aflige a sociedade contemporânea. Os entorpecentes têm-se caracterizado como uma problemática para/na sociedade, pois a utilização indiscriminada dessas substâncias pode levar à dependência dos indivíduos e afetar a dinâmica social. Discutir questões ligadas à dependência química aponta a análise das estruturas sociais, de saúde e educacionais, conjugando possíveis formas de intervenção na problemática. O poder público e as famílias têm buscado a institucionalização (compulsória ou voluntária) dos dependentes químicos (álcool, cigarro, crack, maconha, etc.) para o reestabelecimento da saúde física e mental dos institucionalizados. OBJETIVO: Identificar as práticas educativas e de saúde desenvolvidas na “Fundação Belo Amor”, na cidade de Caicó/RN, que institucionaliza dependentes químicos. METODOLOGIA: Trata-se de uma captação da realidade na “Fundação Belo Amor”, em Caicó/RN, a partir de visitas à instituição para diagnosticar quais as práticas de educação e de saúde são desenvolvidas na mesma. A experiência seguiu orientações do Componente Curricular “Sociologia da Educação”, do curso de Enfermagem, Campus Caicó, UERN, no semestre letivo 2014.1. RESULTADOS: A experiência vivenciada contribui para a construção de percepções acerca da inter-relação entre a Educação e a Saúde no curso de Enfermagem. Identificamos a ausência de ações de promoção de educação e de saúde que beneficiem os indivíduos institucionalizados, a fim de tornar o ambiente um espaço mais atrativo e de ressocialização. CONCLUSÃO: Considerando a existência de diferentes formas de atuação do profissional da enfermagem, acreditamos que uma visão ampliada da relação entre a educação e a saúde pode colaborar para uma promoção de saúde mais digna às populações em estado de vulnerabilidade, tendo em vista que a reabilitação de dependentes químicos pode ser um campo de intervenção da prática profissional da enfermagem, através de ações educativas e de trabalho desenvolvido com suas famílias.