RESUMO: há uma dificuldade comum aos países em manter os estoques de sangue compatíveis com a demanda, necessitando de estratégias para minimizar esse quadro. Em geral o perfil dos doadores é masculino; idade entre 20 a 40 anos; ensino médio completo, solteiros e de cor branca. Ressalta-se que à medida que os indivíduos vão avançando na faixa etária, vai diminuindo a doação de sangue. Os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional exigem da sociedade novas maneiras de viver, de trabalhar e de cuidar uns dos outros, que influenciam os processos de cuidar na saúde, particularmente na Hemoterapia. A doação de sangue amplia sua coleta para pessoas com idade de 60 anos ou mais. Objetivo: traçar o perfil de doadores idosos de sangue. Método: estudo descritivo, qualitativo, realizado em um serviço de Hemoterapia privado/não público, situado no município de Natal RN. Os dados coletados do prontuário eletrônico, um software especializado, no período de novembro de 2012 a novembro de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da UFRN, sob nº 1.132.696. CAAE: 46209015.0.0000.5537. Resultados e Discussão: foram coletados dados de 86 doadores de sangue, com idade entre 60 a 69 anos, 11 meses e 29 dias. Os resultados apontam para uma predominância de doadores do sexo masculino (72,1%), aposentados (23,2%) e casados (83,7%), com níveis de escolaridade com igual distribuição entre os de superior e médio (41%), residentes e domiciliados no município dos quais realizaram a doação (81,4%). Destaca-se, de um lado o número alto de doadores do sexo masculino, casados e com o grau de instrução significativamente elevado. Do outro, menor doação de mulheres idosas. Considerada como potenciais doadoras, capazes de minimizar a demanda reprimida. Conclusão: o perfil encontrado neste estudo assemelha-se com o perfil dos doadores em geral, diferindo quanto ao estado civil e o fator idade. A longevidade e a expectativa de vida sugerem ao serviço de hemoterapia um olhar e atenção para com este segmento idoso, porém não menos importante e potencialmente contributivo, dos jovens, uma vez que cabem aos profissionais da área da saúde, principalmente o enfermeiro, adotar indicadores e o conhecimento sobre aspectos relevantes e populacionais para garantir a doação de pessoas idosas.