INTRODUÇÃO: Os tumores cerebrais são a causa mais comum de mortalidade por câncer na juventude e a segunda causa de mortes de crianças a partir do primeiro ano de vida, sendo superada apenas pelos acidentes. Nesse contexto, este estudo tem o intuito de contribuir com estratégias, políticas e programas de atenção integral à criança e ao adolescente com câncer, melhorando a qualidade de vida durante o processo de saúde-doença e de morte e morrer. OBJETIVO: Traçar o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de crianças e adolescentes com tumor cerebral em um hospital público da Paraíba-PB. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental, baseado em dados secundários, obtidos no setor de Oncologia Pediátrica de um hospital público. Incluíram-se prontuários de crianças e adolescentes com diagnóstico de tumor do SNC entre os anos de 2008 e 2013; excluíram-se prontuários com diagnóstico de metástase cerebral e com letras ilegíveis. O universo foi de 74 prontuários e a amostra foi constituída por 14 prontuários. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro, cujo CAAE é 20868613.7.0000.5182. RESULTADOS: Com base na análise do material, foi possível destacar que os tumores cerebrais têm prevalência no sexo feminino (64,3%) com idade entre 10 e 11 anos (71,4%); os gliomas (38,8%) aparecem com maior ocorrência em relação ao meduloblastoma, ependimoma e craniofaringioma; os sintomas mais prevalentes são dor, vômito, náuseas e convulsões, aparecendo isolados ou associados uns aos outros e o tratamento mais utilizado foi a cirurgia com 21,4%. CONCLUSÃO: Este estudo permitiu evidenciar a caracterização sociodemográfica, clínica e terapêutica de crianças e adolescentes no Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, na Paraíba. No entanto, ressalta-se que diagnósticos médicos inconclusivos, subnotificações de causa-morte, óbitos antecedentes ao diagnóstico médico conclusivo e prontuários preenchidos com letras ilegíveis foram algumas das dificuldades encontradas pelas pesquisadoras para seleção de uma amostra representativa. Desta maneira, é necessário que os profissionais registrem de forma pontual todas as ações voltadas aos pacientes, visto que, isto permitirá fundamentar dados para pesquisas epidemiológicas e sobretudo, uma assistência qualificada, otimizada e humanizada.