No Brasil, a saúde da mulher incorporou-se às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX. No ano 2000 foi criado e implantado o Programa Nacional de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PNHPN) através da Portaria nº 569 de 1/6/00, tendo como objetivo principal a redução das altas taxas de morbimortalidade materna, perinatal e neonatal no país, sendo que os profissionais de saúde desempenham um importante papel na realização das propostas apresentadas na portaria, tendo em vista que colocam seu conhecimento a serviço do bem-estar da mulher e do bebê e devem reconhecer os momentos críticos em que suas intervenções são necessárias para assegurar a saúde de ambos. Diante de todas estas prerrogativas o presente estudo buscou identificar as estratégias de implementação do programa de saúde da mulher implantado na unidade básica de saúde Jardim Caranã. Trata-se de um estudo transversal, observacional de caráter quantitativo, que teve como cenário a Unidade Básica de Saúde, localizada no bairro Jardim Caranã, Macro área 01 município de Boa Vista/RR, com genitoras de menores de dois anos de idade. Foi utilizado o método indutivo para análise dos resultados alcançados. Foram aplicados questionários a 30 genetrizes, abrangendo 61 crianças correspondentes a 76,25% do total de 80 crianças atendidas na unidade. Foram coletadas informações a respeito do acompanhamento pré-natal, a quantidades de consultas, tipo de gestação e parto, vacinação, exames e orientações realizadas durante a gravidez, bem como qual profissional realizou as consultas. Quanto a criança foram avaliadas questões como a cobertura da triagem neonatal, vacinação, suplementação de ferro e vitamina A, o cumprimento da primeira consulta puerperal e a exclusividade do aleitamento materno até os 6 meses de vida, Conclui-se com o presente estudo que o trabalho da equipe de saúde da UBS do bairro União, Jardim Caranã, vem cumprindo de maneira parcial o que institui a Portaria nº 1.067/GM de 4 de julho de 2005 que dispõe sobre a Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal, enfatizando a deficiência entre teoria e pratica quanto aos quesitos de efetividade, eficácia e eficiência, como prerrogativas da avaliação de programas de saúde.