Introdução: A Leishmaniose Visceral é uma doença sistêmica grave que atinge as células do sistema mononuclear fagocitário do homem e animais, a qual afeta principalmente os seguintes órgãos: baço, fígado, linfonodos, medula óssea e pele. A principal forma de transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros mamíferos é por meio da picada de fêmeas de dípteros da família Psychodidae, sub-família Phebotominae, conhecidos genericamente por flebotomíneos. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose visceral notificados no Piauí, no período de 2007 a 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, epidemiológico, realizado através de dados compilados do DATASUS, que é de domínio público. Os dados foram coletados em maio de 2015, porém, referentes ao período de 2007 a 2013. Resultados: No período analisado, foram registrados 1402 casos, em que pacientes do sexo masculino (65,7%), autodeclarados pardos (90,7%), de menor faixa etária e com baixo nível de escolaridade foram os mais atingidos. Crianças menores de um ano até 4 anos foram mais acometidas (38,23%). Quanto à escolaridade, indivíduos com até nove anos de estudo foram mais atingidos (40,8%). No ano de 2008 houve uma maior predominância de casos confirmados (18,12%), seguido dos anos de 2007, 2011 e 2013, respectivamente, 16,8%, 14,6% e 14,5%. Observou-se que 9,6% eram HIV positivo, ou seja, possuíam coinfecção. O município com mais casos de leishmaniose visceral, nesses anos de investigação, foi o de Teresina com 483 casos (34,5%), sendo 98,8% autóctones. Conclusão: Este estudo permitiu conhecer melhor o perfil epidemiológico da leishmaniose visceral no Piauí, no período de 2007 a 2013, a fim de fornecer subsídios para a melhoria da vigilância, visando uma diminuição do número de casos. Além disso, os dados mostram que existe a necessidade de reavaliar as ações desenvolvidas, com o intuito de proporcionar estratégias de controle da doença e diminuir o número de casos.