Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
INTEGRALIDADE NO ATENDIMENTO AO PACIENTE DIABÉTICO
Relatoria:
ALINE DE SOUSA FALCÃO
Autores:
- Maira Geny Carvalho e Silva
- Déborah de Carvalho Castor
- Djanne Rodrigues da Silva
- Antônia Sylca de Jesus Sousa
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O Princípio da integralidade previsto no Sistema Único de Saúde (SUS) refere-se a um atendimento onde ocorre interação entre os diferentes níveis de complexidade do sistema de saúde, tendo o indivíduo o acesso aos serviços de que necessita para resolver as suas necessidades de saúde. A complexidade do tratamento do diabetes no cotidiano exige que a equipe de saúde multiprofissional esteja capacitada para o atendimento de forma a contemplar uma abordagem integrada a todos os sistemas corporais. Objetivou-se analisar se o principio da integralidade tem sido desenvolvido no atendimento ao paciente diabético. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de cunho descritivo, com abordagem qualitativa, na qual utilizou uma consulta sistemática às bases de dados do BIREME, utilizando os descritores: “diabetes”, “integralidade” e “atendimento”. Foram encontradas 121 publicações, das quais 18 atenderam aos critérios estabelecidos. Como critérios de inclusão, os artigos deveriam ter sido publicados no período de 2009 a 2015, ter texto no idioma português e estarem disponíveis na integra. Os estudos analisados apontaram que integralidade no atendimento ao paciente diabético não tem sido o principio norteador das ações, apresentado várias lacunas e impedindo a continuidade do cuidado, ou seja, não tem existindo um sistema de referência e contra referência que garanta o acompanhamento integral do mesmo. Ainda foi constatado que o paciente tem sido visto apenas como a doença, onde o cuidado tem se concentrado apenas no modelo médico assistencial curativista, não sendo abordadas ações de prevenção e promoção de qualidade de vida a população de risco de diabetes. Os dados mostram que a falta de infraestrutura na atenção básica provoca uma desestruturação e descontinuidade da atenção à saúde do paciente diabético, além disso, o acesso é restrito e focaliza apenas ações de baixa complexidade, portanto não proporcionando um atendimento ao paciente em todo o seu aspecto biopsicossocial, além da não valorização a sua subjetividade. O estudo mostrou a necessidade do enfermeiro juntamente com a equipe de saúde trabalhar de forma a articular o atendimento, buscando ampliar o debate sobre o cuidado integral e gestão do trabalho, valorizando a práxis cotidiana do paciente diabético e todas as suas reais necessidades, desenvolvendo práticas inovadoras que favoreçam a integralidade no seu atendimento.