Introdução: Em 1974 o psicanalista Freudenberg utilizou o termo “Burnout” para descrever um conjunto de desordens físicas, psíquicas e comportamentais, as quais advinham da diminuição gradativa de energias e recursos, levando a sentimentos de fracasso e exaustão, e causando sério comprometimento do processo de trabalho do indivíduo. A Síndrome de Burnout (SB) passou então a ser cada vez mais frequente em determinadas categorias profissionais, inclusive na enfermagem. Objetivo: Analisar os achados bibliográficos referentes à ocorrência da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem, justificando a importância da humanização em saúde na prevenção da mesma. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida a partir de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), realizada em maio e junho de 2015, onde foram encontrados 55 artigos, e selecionados 15 artigos que melhor atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ser relevante ao tema e ao objetivo do estudo, publicados entre os anos de 2010 a 2015, disponíveis na íntegra e em língua portuguesa, espanhola e inglesa. Resultados: Após leitura exaustiva dos achados constatou-se que os enfermeiros estão predispostos a desenvolver a SB devido à exposição a fatores como a responsabilidade exigida na profissão, questões externas, baixos salários, falta de reconhecimento e de qualificação profissional, jornadas de trabalho excessivas, condições físicas de trabalho inadequadas, os quais independem exclusivamente da vontade do indivíduo. É preciso desconstruir estas práticas, e tentar mostrar aos gestores que humaniza-las é preciso e de caráter emergencial. Por outro lado, atos simples como manter o diálogo entre a equipe, organização e comunicação entre plantões, pontualidade, respeito e reconhecimento profissional, são práticas totalmente possíveis e necessárias de se praticar no dia a dia. Setores de obstetrícia, hemodiálise, atividades gerenciais, quimioterapia e urgência e emergência são citados dentre os que mais possuem profissionais com estafa física e emocional. Conclusão: Práticas humanizadas em saúde são vistas como ferramentas pedagógicas efetivas na prevenção desta patologia, tendo em vista que os enfermeiros também necessitam de um cuidado integral atendendo suas necessidades biopsicossociais.