O início precoce da atividade sexual entre os jovens tem contribuído para o incremento no número de gestações não planejadas e de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), em especial a infecção pelo HIV/Aids. No entanto, o debate acerca da sexualidade dentro das famílias e das escolas não seguiu o mesmo ritmo, favorecendo o aumento desses números. Diante do exposto, esse trabalho tem o objetivo de relatar a experiência com grupo de adolescentes durante as atividades de educação sexual e reprodutiva na escola. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, de caráter descritivo. As atividades de educação sexual e reprodutiva foram realizadas com os alunos do 6º semestre do Ensino Médio integrado de Agropecuária do Instituto Federal do Ceará – IFCE campus Iguatu no dia 29 de abril de 2015 em uma sala de aula da própria instituição. Participaram da atividade 26 alunos. As ações foram conduzidas pela enfermeira, psicóloga e estagiária de enfermagem do próprio campus que exerceram papel de mediadores, visando à construção do conhecimento. O modelo pedagógico adotado fundamentou-se na educação conscientizadora/ problematizadora de Paulo Freire, sustentada pela metodologia participativa e dialogada. As atividades foram desenvolvidas de forma dinâmica a partir de situações, reflexões e verbalizações de experiências. Como recursos didáticos foram utilizados próteses dos órgãos genital feminino e masculino, caixa de perguntas, imagens e vídeos. Os temas abordados foram: sistema reprodutor masculino e feminino, DST’s, gravidez na adolescência, aborto e métodos contraceptivos. No processo de desenvolvimento das ações foi percebida uma interação mútua entre os profissionais e o grupo de adolescentes, favorecendo o bom desenvolvimento da atividade. À medida que foram realizadas as ações, os adolescentes percebiam a importância da transformação da realidade bem como da mudança do comportamento para hábitos saudáveis e atitudes positivas e preventivas. Criar espaços formais de educação sexual e reprodutiva no ambiente escolar é de suma importância para a promoção da saúde e formação do estudante como pessoa e como cidadão, em especial do ser adolescente, que precisa estar preparado e orientado para lidar com mais responsabilidade, segurança e tranquilidade diante das novas experiências.