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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE PSICOSSOCIAL DO TRABALHO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Relatoria:
MOISES KOGIEN
Autores:
  • José Juliano Cedaro
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética, legislação e trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O ambiente psicossocial do trabalho compreende uma série de determinantes de natureza psicossocial que possuem uma relação ambígua e dicotômica com a saúde do trabalhador, pois dependendo das circunstâncias nas quais ocorrem podem ser benéficos e atuarem como protetores da saúde ou podem ser deletérios e patogênicos, desempenhando papel fundamental na gênese do estresse laboral, na patogênese de doenças relacionadas ao trabalho e influenciando na percepção da qualidade de vida dos profissionais que os vivenciam. Desta forma, conhecer como o ambiente psicossocial do trabalho configura-se é vital para implementação de estratégias de reorganização do espaço laboral maximizando o potencial benéfico que esses elementos podem apresentar para saúde do trabalhador e minimizar os seus aspectos patogênicos. Objetivo: Caracterizar o ambiente psicossocial do trabalho de profissionais de enfermagem em um hospital público da região norte. Metodologia: Realizou-se estudo exploratório, transversal e descritivo com uma amostra de 189 profissionais de enfermagem de um hospital público da região norte do Brasil. Avaliou-se o ambiente psicossocial do trabalho por meio da Job Stress Scale (JSS), instrumento que avalia demanda psicológica, controle sobre o trabalho e suporte social. Utilizou-se o Modelo Demanda-Controle (MDC) de Robert Karasek como referencial teórico metodológico para análises psicossociais. Resultados: A amostra foi predominantemente feminina (76,2%), com idade média de 32,79 (s = ±8,06) e majoritariamente composta por técnicos de enfermagem (81%). Em relação ao ambiente psicossocial, 60,90% dos profissionais vivenciavam as situações mais patogênicas de configuração do ambiente psicossocial conforme o MDC (38,10% em trabalho passivo e 22,80% em trabalho de alta exigência) e apenas 11,10% destes apresentaram o perfil mais salutogênico (trabalho ativo). A amostra caracterizou-se, ainda, como se percebendo com altos níveis de suporte social. Enfermeiros apresentaram maiores níveis de demandas psicológicas (p <0,01), menores níveis de suporte social (p = 0,01) e maiores níveis de controle (p = 0,10) quando comparados com os técnicos de enfermagem. Conclusão: o ambiente psicossocial do trabalho destes profissionais de enfermagem apresentou configuração predominantemente deletéria expondo-os a um risco maior de adoecimento e propensão ao estresse.