Dados do Instituto Nacional do Câncer, em estimativa feita para 2014, foram diagnosticados no Brasil 57.120 casos novos de câncer de mama, sendo a segunda neoplasia mais incidente em mulheres. As formas de tratamento disponíveis atualmente são a cirurgia de remoção total ou parcial da mama (mastectomia), a radioterapia para o tratamento locorregional, a hormonioterapia e a quimioterapia para o tratamento sistêmico. Para o sucesso do tratamento é fundamental a atenção ao período perioperatório que se divide em pré-operatório, trans-operatório e pós-operatório, neste contexto a enfermagem desempenha um papel fundamental na assistência integral à cliente. Este estudo se propôs a responder a seguinte questão: Quais fatores contribuem para a melhoria do cuidado no perioperatório em mulheres que irão realizar a cirurgia de mastectomia? Objetivou sintetizar evidências disponíveis na literatura sobre cuidados que devem ser prestados pelo profissional de enfermagem a mulheres mastectomizadas, com vistas a auxiliar num melhor planejamento da reabilitação desde a fase pré até a pós-operatória. Realizou-se uma revisão integrativa a partir da busca de estudos nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e na Biblioteca Virtual da SCIELO, utilizando os descritores: mastectomia, assistência perioperatória e enfermagem. Foram encontrados 86 artigos, porém apenas 15 atendiam aos critérios de inclusão da pesquisa (artigo com texto completo disponível, escrito no idioma Português e com recorte temporal nos últimos dez anos (2004-2014)). A extração dos dados foi realizada mediante um formulário validado proposto por URSI em 2005. Para a apreciação, a análise de conteúdo foi utilizada. Quanto aos resultados obtidos, foi notável a presença de sentimentos negativos nas mulheres mastectomizadas, no que diz respeito a sua auto-imagem. O impacto do diagnóstico e o desconhecido em relação a patologia eleva consideravelmente o nível de ansiedade e estresse entre as pacientes. De acordo com a amostragem, a maioria das mulheres, encontram-se entre 40 e 59 anos e a sua qualidade de vida era afetada de forma variável influenciada pelos comportamentos individuais. A partir desses resultados pôde-se perceber a importância do papel educativo e assistencial do enfermeiro,através do exercício da comunicação terapêutica, do desempenho de cuidados com enfoque na autonomia da paciente e cuidados desde o pré até o pós operatório com vista a um tratamento mais humanizado.