Introdução: O câncer de colo uterino consiste hoje na segunda maior causa de mortalidade. Contudo, apenas 3% dos casos de câncer são diagnosticados durante a gravidez, o que consiste em metade das neoplasias diagnosticadas durante esse período. Estudos indicam que as gestantes apresentam três vezes maiores chances para serem diagnosticadas como portadoras de lesões em estágio inicial deste câncer, visto que nesse período os exames vaginais são mais frequentes. Como a maioria dessas lesões é assintomática, seu diagnóstico quase sempre ocorre em consultas de controle, mais frequentes durante o pré-natal. Portanto, deve ser enfatizada a importância da conscientização das mulheres a realizar periodicamente o exame Papanicolau, com o intuito de tornar precoce o rastreamento do câncer uterino. Metodologia: Trata-se de um revisão bibliográfica, tendo como base estudos acerca da citologia nas gestantes. Teve como fonte a base exploratória da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Electronic (SCIELO). Os descritores utilizados foram: câncer de colo do útero; citologia e gestantes. Foram utilizados os filtros: artigos brasileiros, produzidos a partir de 2009, na língua portuguesa e área temática Enfermagem. Resultados: Após filtrar os descritores na Scielo, foram identificados 11 artigos sobre câncer de colo do útero, 4 citologia e 74 gestantes. Na BVS encontramos 147 artigos sobre câncer de colo do útero, 33 citologia e 230 gestantes. Identifica-se que a maioria dos artigos afirmam quanto à crescente ampliação da realização dos exames, embora não haja procura das gestantes à esses serviços, devido aos mitos acerca dos exames citopatológicos no período gestacional. Os artigos reafirmam o supracitado que este câncer é o mais comum dentre os cânceres associados à gravidez, uma vez que a gestação gera um desequilíbrio na flora vaginal. Ocorre que o câncer uterino tem altas chances de detecção na gravidez, devido à procura das mulheres aos serviços de saúde na realização do pré–natal. Conclusão: Há maior parcela das gestantes não dão à devida importância ao exame citológico no período gestacional, favorecendo ao agravamento do câncer uterino, devido a não detecção precoce, ocorrendo uma diminuição nas chances de cura. Portanto, é necessária a realização de maiores aprofundamentos nas pesquisas sobre métodos que aumentem a relação do exame citológico no período gestacional, garantindo detecção e cura precoce do câncer uterino.