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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
DIFICULDADES PARA A IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REVISÃO SISTEMÁTICA
Relatoria:
PEDRO HENRIQUE MELO ALVES
Autores:
  • Jaqueline Cordeiro Lopes
  • Aline Barros de Oliveira
  • Silvana Cavalcanti do Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O acolhimento é uma das principais diretrizes éticas e políticas da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. É considerado uma das ações primárias a serem desenvolvidas no âmbito da atenção primária e para um acolhimento adequado é necessário que o profissional de saúde tenha interesse pelo principal motivo da ida do usuário ao serviço de saúde, até porque não se trata apenas de uma â??triagemâ?? ou â??recepçãoâ?? e sim de uma prática solidária, onde fortalece a confiança e a construção de vínculo entre profissional/usuário. Diante o exposto, objetivo do estudo é descrever as dificuldades para a implantação do acolhimento na atenção primária. METODOLOGIA: o presente estudo teve como base dos dados bibliográficos os artigos publicados no período de 2009 ? 2014, da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores: acolhimento, atenção básica e humanização na assistência, onde foram elencados 16 artigos. A coleta de dados se deu de março a junho de 2015. RESULTADOS: os dados foram agrupados por semelhança visando 3 pontos que dificultam o acolhimento: 1) ausência de recursos humanos, juntamente com a restrição no quadro de funcionários e a carência de recursos materiais que geram um ambiente desfavorável às condições de trabalho, que acaba contribuindo para vínculos de desrespeito entre os profissionais, gerando assistência fragmentada e desumanizada; 2) A influência de uma demanda desproporcional ao quadro de profissionais, causando assim uma sobrecarga de trabalho gerando estresse, fadiga biopsíquica do profissional dificultando assim a realização da assistência, e por fim; 3) Os profissionais não compreendem o acolhimento como política ? ou seja, como uma ação tecno-assistencial que viabilize a mudança da relação profissional/usuário através de uma escuta qualificada. CONCLUSÃO: Diante destas dificuldades levantadas se faz necessário conscientizar os gestores para desenvolvimento de capacitações profissionais contemplando o acolhimento, na tentativa de desconstruir paradigmas biomédicos, para o fortalecimento do acolhimento como político. Compreendendo-o assim como eixo estruturante do processo de trabalho de maneira a fortalecer os laços tanto entre os profissionais e a comunidade, quanto entre as equipes.