Introdução: A educação permanente é uma estratégia que contribui para as mudanças no processo de formação, das práticas educativas e de saúde, e para a reorganização dos serviços, e pode ser realizada por várias abordagens, como a tradicional, comportamentalista, humanista, cognitiva e sociocultural. Na abordagem sociocultural, o homem é considerado um sujeito ativo no processo elaborador do conhecimento, onde há valorização dos seus conhecimentos prévios, estimulando-os no processo de (re)construção do saber por meio do diálogo. Representa um espaço de ensino e aprendizagem com autonomia, verbalização, interação e troca de conhecimentos, com o intuito de se reavaliar ações e maneira de pensar. Objetivo: Descrever a vivência de docentes, discentes e colaboradores na qualificação profissional dos agentes comunitários de saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre o projeto de extensão intitulado “Círculos de Cultura e Qualificação Profissional para Agentes Comunitários de Saúde da Unidade Básica de Saúde São José/PAPS”, desenvolvido de maio a dezembro de 2014 e onde se utilizou da metodologia de Paulo Freire. Resultados: Foi possível observar durante os encontros a efetiva participação dos agentes comunitárias de saúde, com relatos de experiências vivenciadas e problematizando em busca de resolução de determinados conflitos, por meio do diálogo e respeito mútuo, engrandecendo a todos que estavam presentes, inclusive pelo aprendizado da própria técnica de abordagem, podendo ser utilizada em suas atividades laborais, já que são os profissionais responsáveis por aproximar o saber científico ao saber popular. Os participantes demonstraram satisfação em fazer parte do projeto e sentir-se valorizado como pessoa e profissional. Conclusão: É de grande relevância a realização de ações educativas de cunho permanente nos serviços de saúde, em especial na atenção básica, com propósito de manter os profissionais atualizados, promovendo assim um serviço de qualidade e que realmente consiga satisfazer as reais necessidades da comunidade. Porém, mais importante do que realizá-la, é a forma como conduzi-la, pois ao se perceber como agente ativo, o indivíduo torna-se mais produtivo e percebe a sua capacidade de poder transformar uma realidade.