Os acidentes com serpentes expressam forte frequência de casos em países tropicais e ocasionam grandes índices de morbimortalidade, o que representa um sério problema de saúde pública em países em desenvolvimento. Existindo em decorrência destes fatores, várias espécies de serpentes distribuídas amplamente em todo mundo, sendo aproximadamente 250 encontradas no Brasil, onde 70 destas são classificadas como peçonhentas. Desta maneira, o ofidismo é considerado dentre os acidentes causados por animais peçonhentos, o de maior interesse para a saúde pública e apresentando maior frequência e gravidade nos casos notificados, verificando-se assim predominância de casos encontrados na região Norte e Centro-Oeste. Entre os espécimes dominantes e com casos mais notificados de acidentes, encontram-se quatro gêneros de serpentes peçonhentas distribuídas em todas as regiões, indicando desta maneira o acidente botrópico (73,5%), seguido por caudissona (7,5%), laquético (3,0%), elapídico (0,7%) e 3,0% destes ataques provocados por serpentes não peçonhentas. Em vista disso, o presente artigo objetivou analisar a produção científica relacionada à enfermagem e aos acidentes ofídicos. Sua relevância centra-se na possibilidade de verificar a assistência da enfermagem ao paciente acometido pelo acidente ofídico, permitindo considerar as intervenções adequadas, bem como conduzindo ao fomento de atividades de ensino, pesquisa e extensão em prol da transformação da realidade outrora suscitada. Trata-se de um estudo descritivo, caracterizado pelo uso do método de Revisão Integrativa da Literatura, realizado no mês de dezembro de 2013 ao mês de março de 2014, utilizando as terminologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde, comuns em português, espanhol e inglês, a partir da associação entre os descritores controlados: Enfermagem e acidentes ofídicos. Foram identificadas 38 produções, contudo, somente quatro atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Dentre os poucos estudos encontrados, foi verificado que existe a necessidade da realização de trabalhos da enfermagem brasileira, visto a relevância destes acidentes para a saúde pública em nosso país. Em face do exposto concluímos que a baixa produção acadêmica relacionada à temática só reflete as inúmeras limitações técnico-científicas das práticas de enfermagem aplicadas ao cuidado das vítimas de acidentes ofídicos.