A elevada incidência de acidentes de trânsito que gera a frequente ocorrência de casos de politraumatismos constitui-se um sério problema de saúde pública em virtude dos altos índices de morbimortalidade na população brasileira, com registros no mundo de 1,2 milhão de mortes entre a população jovem. Além disso, esse fator torna-se mais severo por gerar perdas econômicas e de anos ociosos pela incapacidade física decorrente dos acidentes de trânsito e, consequente, traumatismo, tem-se ainda os altos custos sociais e econômicos sobre o sistema de saúde e previdenciário. Outrossim, os danos irreparáveis com a acentuada redução da expectativa de vida de adolescentes e jovens promovem alteração do processo neuropsicológico, desenvolvendo assim transtorno de estresse pós-traumático. Nesse contexto, é importante destacar que uma assistência adequada no âmbito da urgência, refletirá sobremaneira o bom prognóstico do paciente, atenuando ocorrências de sequelas/invalidez e corroborando para a eficácia do tratamento realizado na urgência, emergência e unidade de terapia intensiva, evidenciando o potencial da atuação do enfermeiro neste contexto. Desse modo, o presente artigo objetivou elencar os principais diagnósticos de enfermagem, com base em evidências científicas, em indivíduos com traumatismo múltiplos. De maneira que instituir tais diagnósticos permite desenvolver intervenções adequadas, bem como conduzir ao fomento de atividades de ensino, pesquisa e extensão a transformação de uma nova realidade. A pesquisa é um estudo descritivo, do tipo revisão integrativa da literatura sendo realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2013, a partir da associação entre os descritores controlados: Diagnósticos de enfermagem and Traumatismo múltiplo. Foram identificadas 14 produções, contudo, somente quatro atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. Resultados: dentre os poucos artigos encontrados, foi verificado como principais diagnósticos: dor aguda, risco de infecção e perfusão tissular inadequada. Em face do exposto, conclui-se que a baixa produção acadêmica relacionada à temática só reflete as inúmeras limitações técnico-científicas das práticas de enfermagem aplicadas ao cuidado das vítimas de traumatismo de membros.