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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
CONHECIMENTO PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E ACS SOBRE O COMPORTAMENTO SUICIDA: PERSPECTIVAS NA ATENÇÃO BÁSICA
Relatoria:
MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO DE SOUSA NÓBREGA
Autores:
  • Priscila de Freitas Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Comportamento suicida todo ato pelo qual um indivíduo causa lesão a si mesmo, Em números absolutos, o Brasil está entre os 10 países com mais suicídios. Pessoas em crise e com ideias suicidas procuram a rede de Atenção Básica antes de tentarem por fim a vida. Cerca de 75% dos suicidas procuraram o serviço de AB no ano de sua morte e desses 45% buscaram o serviço no mês em que cometeram suicídio. Os profissionais de Enfermagem e os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) precisam identificar e prevenir o comportamento suicida. Objetivo: Verificar o conhecimento de profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre comportamento suicida. Método: Pesquisa quantitativa, realizada com Equipe de Saúde da Família da cidade de Santo André/SP. Utilizou-se questionário com dados sócio demográficos e questões inerentes ao “Manual de Prevenção de Suicídio dirigido a profissionais da saúde em Atenção Primária da OMS”. Resultados: Participaram 72 profissionais da ESF. Da amostram 94,4% dos profissionais são do sexo feminino, com idade superior a 45 anos (30,6%), casado 50%, com filhos 80,6%, católicos 38,9%, que consideram a religião muito importante 72,2%. São ACS (61,1%), Enfermeiros 11,1% e Aux/Tec de Enfermagem (27,8%). Verificou-se que 65,3% dos profissionais entrevistados, não percebem que em sua clientela possa existir pessoas em sofrimento e com ideias suicidas, que procuram o serviço de AB necessitando de ajuda, destes 2 são enfermeiros, 11 são auxiliares/técnicos e 34 são ACS’s. Os achados em questão levam a reflexão sobre o olhar que os integrantes da AB colocam sobre o indivíduo com comportamento suicida, sobre o risco de suicídio e sua classificação. Quando questionados sobre baixo risco 15,5% conseguiram definir e classificá-lo, ao ponto que levantada à questão sobre médio risco apenas 8,3% definiram e classificaram de maneira adequada, e quanto ao alto risco 76,4% conseguiram definir e classificar corretamente. Conclusão: A maioria consegue identificar alto risco para suicídio devido a gritante apresentação clínica, mas poucos têm clareza sobre médio risco. O grupo que identifica baixo risco necessita rever conceitos da evolução dos riscos ao longo do continnum da apresentação do comportamento suicida. A capacitação é necessária para sensibilizar os profissionais para uma escuta atenta das demandas dos usuários e oferecer seguimento adequado, bem como discutir um fenômeno pouco abordado nos currículos e prática.