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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
VIVÊNCIA DA MATERNIDADE EM PENITENCIÁRIAS DA PARAÍBA
Relatoria:
LANNUZYA VERISSIMO E OLIVEIRA
Autores:
  • GABRIELA MARIA CAVALCANTI COSTA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O crescimento da população feminina encarcerada no Brasil é de aproximadamente 12% ao ano. E, embora o número de mulheres seja significativamente, inferior ao de homens encarcerados, devido a função social historicamente atribuída às mulheres- esposa, cuidadora e, em muitas famílias, provedora do sustento- o aprisionamento feminino gera múltiplas implicações, inclusive no âmbito da saúde pública. Ademais, as mulheres em privação de liberdade são, em sua maioria, jovens, portanto, em idade reprodutiva, sendo a gravidez e, consequentemente, a maternidade situações recorrentes durante o cumprimento da pena. Todavia, a maternidade no contexto do encarceramento, ganha contornos distintos daqueles vivenciados por mulheres em liberdade OBJETIVO: compreender a vivência da maternidade para presidiárias. MÉTODOS: pesquisa com abordagem qualitativa realizada com 17 mulheres reclusas no Sistema Penitenciário do Estado da Paraíba, sendo os dados coletados por meio de questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada audiogravada, no período de julho a dezembro de 2012. Conduziu-se a análise das falas sob a ótica da Análise de Conteúdo. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba, sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética –CAAE nº 01340133000-12 RESULTADOS: entrevistadas predominantemente jovens, solteiras, com média de três filhos, foram mães na adolescência, não professavam religião, com ensino fundamental incompleto e que fizeram uso de álcool e/ou outras drogas antes do aprisionamento, sem profissão, presas por tráfico de drogas, reincidentes e com situação jurídica provisória. Das falas surgiram três categorias: sofrimento pela separação; consolo em meio à angústia; fragmentação familiar. CONCLUSÕES: a vivência da maternidade no ambiente prisional é permeada por sofrimentos e limitações. No entanto a permanência da criança junto à mãe gera consolo em meio à angústia e minimiza, mesmo que temporariamente, as dificuldades no cárcere.