INTRODUÇÃO: A doença crônica caracteriza-se por possuir uma ação direta nos diferentes contextos, seja familiar, escolar ou laboral, por ser considerada de longa duração, potencialmente incapacitante, que possui aspectos multidimensionais, com evolução gradual dos sintomas. No Brasil, é considerada como uma das principais causas de internações hospitalares, em que, os custos diretos representam um impacto crescente para o sistema de saúde. OBJETIVO: Diante disso, o presente estudo objetiva identificar e descrever as causas mais frequentes de internação por Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) em crianças atendidas em um hospital universitário, localizado no município de Santa Cruz/RN. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa quantitativa, de caráter exploratório-descritivo e retrospectivo das principais DCNT responsáveis por internações no referido hospital. A coleta de dados ocorreu por meio do livro de registros dos internamentos. Foram utilizadas na pesquisa os dados referentes ao período de 20 de Maio de 2013 à 20 de Maio de 2014, sendo consideradas somente as informações acerca das doenças com perfil de internação. RESULTADOS: Uma vez feita a avaliação dos dados, percebeu-se que, os problemas respiratórios são as causas mais frequentes de internação hospitalar no período estudado, mas especificamente, as relacionadas com a Asma (3,2%) e Bronquite (1,32%). Observou-se com isso que, embora essas doenças ainda apresentem-se como causas de internação hospitalar, seu índice ainda é baixo. Por outro lado, percebeu-se que nos meses de Maio e Junho de 2013, caracterizados pelo inverno, os casos de internações decorrentes de Asma e Bronquite foram superiores aos demais meses do ano, correspondendo a, respectivamente, 47% e 85,7% dos casos totais. CONCLUSÃO: Dessa forma, o planejamento dos cuidados às crianças com DCNT devem ser acentuados durante os meses de inverno, uma vez que acaba por resultar em uma piora do quadro clínico em virtude, principalmente, da umidade e ar frio característicos dessa estação. Por outro lado, a enfermagem deve atuar, juntamente com os demais profissionais da saúde, orientando as famílias quanto às medidas de prevenção e controle das doenças, tornando-as sujeitos ativos no tratamento das crianças com DCNT. Havendo assim uma redução no índice de internação hospitalar e, consequentemente, nos custos, e o bem-estar físico, mental e social da criança e família serão otimizados.