INTRODUÇÃO: O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença, conforme preconiza o Ministério da Saúde. Este campo tem gerado discussões acerca dos danos causados à saúde dos trabalhadores nas lavanderias hospitalares, uma vez que esses são, cotidianamente, sujeitos a contaminação por microrganismos patogênicos, principalmente em decorrência do não uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). OBJETIVO: Relatar a experiência de discentes do quinto período do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante o estágio da disciplina de Atenção Básica e Saúde da Família no campo de Saúde do Trabalhador. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com participação de discentes e docente da disciplina em estudo, realizado no setor da lavanderia de um hospital público no município de Santa Cruz-RN, no período de 19 à 21 de novembro de 2013. RESULTADOS: Observou-se que os trabalhadores estão constantemente expostos a riscos biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes. Por outro lado, as condições de trabalho que favorecem para a ocorrência de acidentes e o alto índice de insalubridade também foram percebidos, o que acaba por interferir negativamente na saúde desses indivíduos no aspecto físico e mental. Percebemos ainda que esses não possuem os EPI’s necessários para prevenção e controle de risco. CONCLUSÃO: Destarte, consideramos o uso dos EPI’s instrumento fundamental para proteção dos trabalhadores, a fim de minimizar os riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde destes. Por sua vez, reconhecemos que a sensibilização dos profissionais para fazerem o uso desses equipamentos ainda apresenta-se escassa, necessitando, com isso, de um processo de educação permanente para ampliar o olhar desses indivíduos. Sendo assim, dever-se-ia instituir ações que possibilitem o fortalecimento do empregador enquanto reconhecedor da importância de se manter a integridade física e mental dos trabalhadores, disponibilizando instrumentos capazes de reduzir tais danos, mantendo e fiscalizando os equipamentos fundamentais para execução do processo de trabalho; contribuindo, dessa forma, para um trabalhador livre de riscos ocupacionais.