O câncer da mama é mundialmente a neoplasia que mais atinge as mulheres em algum momento de suas vidas. No Brasil, ele é a segunda neoplasia que mais atinge a população. Dentre os fatores de risco, destacam-se: idade avançada, obesidade, histórico familiar e terapia de reposição hormonal. A literatura tem demonstrado que o câncer de mama é hormônio dependente, discutindo a relação existente e incentivando novos estudos para elucidar lacunas do conhecimento. O presente estudo objetivou compreender os riscos da terapia de reposição hormonal para o desenvolvimento do câncer da mama. Trata-se de uma revisão da literatura realizada através da busca do estado da arte sobre a temática nas bases de dados: SCIELO e LILACS. A coleta dos dados ocorreu no mês de abril de 2014 através dos descritores controlados: terapia de reposição hormonal, neoplasias da mama e fatores de risco. Como critérios de inclusão foram adotados: publicações no período de 2011 a 2014, na língua portuguesa, disponíveis na íntegra e para download gratuitamente. Foram excluídos os trabalhos de monografia, notícias e editoriais. Foram encontrados 9 artigos sobre a temática, entretanto, após os critérios utilizados e leitura dos resumos, chegou-se a amostra de 3 artigos. Existem evidências inquestionáveis de que a maior parte das neoplasias mamárias é dependente de hormônios, porém existem tumores que não possuem receptores para o estrógeno e a progesterona. O grupo de maior risco para o desenvolvimento do câncer é o que inicia o uso da terapia hormonal ainda muito jovem e por tempo prolongado. Como não se tem respostas definitivas sobre os riscos da reposição hormonal para o desenvolvimento do câncer da mama, a literatura indica que as mulheres prefiram os métodos contraceptivos não hormonais. Por sua vez, estudos orientam que as mulheres que realizam reposição hormonal pós-menopausa, não a façam por períodos muito prolongados, respeitando a indicação dos profissionais de saúde da área. As mulheres necessitam saber que a terapia hormonal por tempo prolongado é um fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Novos estudos devem ser realizados para buscar evidências mais robustas sobre essa relação. Aos profissionais de saúde cabe orientar à população feminina e promover a sua saúde, contribuindo para a sua qualidade de vida.