O papilomavirus humano (HPV) é um vírus de DNA que apresenta tropismo por células epiteliais, causando infecções na pele e nas mucosas (genital, oral, laringe, esôfago). Conhecer os fatores de risco faz-se importante, tendo em vista que a população terá subsídios para a identificação precoce da infecção, podendo agir de forma a prevenir a doença e tratar precocemente lesões que venham a comprometer a sua qualidade de vida. Objetivou-se conhecer os principais fatores de riscos e manifestações clínicas em pessoas infectadas pelo HPV. Estudo de revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa, realizado no mês de abril de 2014, através da consulta de artigos indexados na base de dados SCIELO E LILACS. Utilizou-se como descritores: papilomavirus humano; sinais e sintomas; fatores de risco; prevenção primária. Como critérios de inclusão: trabalhos que abordassem a temática infecções e manifestações clínicas causadas pelo HPV, disponíveis na íntegra. Foram encontrados 15 publicações, das quais se avaliaram seus objetivos, onde se identificaram 09 artigos que obedeciam aos critérios de inclusão para esta pesquisa. As infecções causadas por HPV constituem um problema de saúde pública no Brasil. Quanto aos fatores de risco relacionados, o número de parceiros sexuais é o principal deles, embora a alta paridade, o uso prolongado de contraceptivos orais e o tabagismo estejam relacionados. A transmissão sexual é considerada como a forma primordial de transmissão, incluindo o sexo oral e anal, tendo relação direta com o número de parceiros. As principais manifestações clínicas são: lesões cutâneas benignas (verrugas cutâneas, vulgar, pigmentada); lesões cutâneas malignas (doença de Browen, carcinomas espinocelular e basocelular); lesões mucosas benignas (condiloma acuminado); lesões mucosas malignas (câncer vulvar, câncer peniano, anal e cervical). A literatura acrescenta, que muitas pessoas não tem conhecimento sobre o HPV e sua relação com o câncer. Fica evidente que distintos são os fatores de risco e manifestações clínicas apresentadas diante da infecção pelo HPV. Existe a necessidade de por em prática técnicas de prevenção e promoção da saúde, sobretudo na saúde da mulher, devido à infecção pelo HPV ser uma DST e um fator adicional para a progressão do câncer uterino, além de outros cânceres. Estudos epidemiológicos e de rastreamento para a identificação de lesões precursoras se fazem necessários e devem ser incentivados dentro da comunidade científica.