A infância é uma fase bastante importante para o desenvolvimento humano, tanto nos aspectos biológicos, psicossociais e cognitivos. O adoecimento e a hospitalização da criança provocam uma série de mudanças na sua vida, incluindo sentimento de abandono da família, perda da identidade e menor autonomia com restrição de suas atividades antes habituais. O interesse em abordar o tema surgiu em decorrência de a hospitalização afetar o desenvolvimento psicomotor da criança, interferindo na sua qualidade de vida. As crianças ficam com suas relações restritas ao contato com a equipe de saúde e os seus acompanhantes. Com isso, seu desenvolvimento pode ficar prejudicado se não houver condições adequadas para se desenvolverem os conteúdos presentes na zona de desenvolvimento imediato ou próximo da criança. O objetivo da pesquisa é promover o conhecimento aos profissionais de diversas áreas sobre o impacto da hospitalização para o desenvolvimento psicomotor infantil. Trata-se de uma revisão de literatura e foi realizada considerando os materiais disponíveis em periódicos indexados na Base de Dados Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), que abordasse a temática “O Desenvolvimento Psicomotor da criança hospitalizada”, com recorte temporal no período de 2003 a 2013. Como resultados tem-se que as crianças conhecendo o significado de suas doenças e das demais crianças hospitalizadas podem ajudar no esclarecimento de dúvidas sobre as formas de tratamento e possíveis formas de prevenção. O processo doloroso que as crianças enfrentam na hospitalização torna-se menos sofrível quando elas brincam e dramatizam a situação. E os maiores exemplos descritos foram com relação às atividades lúdicas com as crianças hospitalizadas, onde estas expressam por meio de jogos, dramatizações e desenhos, os seus anseios, angústias e conseguem perceber o que está ocorrendo a sua volta. Nesse sentido, o papel educacional aliado à brincadeira, surge como uma importante referência à infância no contexto hospitalar, pois, quando aprende brincando, as crianças resgatam a vivência que lhe fora tirada, mesmo que temporariamente, em função da doença. Então, a educação no hospital resgata a autoestima da criança, por meio do fortalecimento dos seus desejos e ações diante de procedimentos médicos invasivos e dolorosos.