INTRODUÇÃO: O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo, sendo considerado pelo Ministério da Saúde (MS) um grave problema de saúde pública. Sabendo-se disso, o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-Saúde) e o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) Rede de Atenção Psicossocial foram implantados no município de Santa Cruz-RN, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí (UFRN/FACISA), permitindo aos universitários uma maior aproximação com o serviço e a comunidade, sendo as escolas do município um dos principais focos de intervenção. OBJETIVO: Relatar a experiência de um grupo de alunos, bolsistas e voluntários dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição da UFRN/FACISA, participantes do PRÓ/PET-Saúde, acerca de ações com abordagem sobre o uso de drogas, com adolescentes do 8º ano de uma escola do município de Santa Cruz-RN. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, ancorado no relato de experiência. Inicialmente, foram realizadas atividades lúdicas e interativas, possibilitando aos alunos uma maior aproximação com os mediadores. Posteriormente, foi aberto um momento para escuta, de modo que os alunos foram estimulados a expressar o conhecimento sobre o tema e relatarem suas possíveis vivências com a temática. Aconteceram 5 (cinco) encontros, realizados no mês de abril de 2014, com participação de 7 (sete) alunos em todos os encontros, sendo 6 (seis) meninos e 1 (uma) menina. RESULTADOS: Os alunos foram ativos durante os encontros, mostrando-se conscientes sobre os malefícios do uso de drogas. Ademais, expuseram suas vivências e dúvidas relacionadas à temática, mostrando-se satisfeitos diante do momento de escuta proposto, uma vez que relataram a deficiência da escola, principalmente, em oportunizar momentos como esse, assim como no ambiente familiar, demonstrando, com isso, interesse em participar de outros encontros. CONCLUSÃO: Dessa forma, as ações contribuíram para uma melhor compreensão das aflições vivenciadas pelos adolescentes no contexto em questão, mostrando que se faz necessária a implantação de momentos de escuta entre alunos, professores e família, de modo a contribuir, através da comunicação, para prevenção do uso de drogas. Com isso, percebe-se que a escola é um sujeito ativo nesse processo, tendo em vista que a falta de diálogo no ambiente familiar ainda se faz presente nos dias de hoje.