LogoCofen
Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
A PRÁTICA DA FITOTERAPIA POR PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
Relatoria:
LORENA FRANCO MESQUITA LIMA
Autores:
  • Paulo Roberto da Silva Ribeiro
  • Vivian Aparecida Maia Ferreira Guimarães
  • Paula Vitória Costa Gontijo
  • Tatiane Cardoso Fernandes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O uso de plantas medicinais tem ocorrido ao logo dos tempos, com a finalidade de manutenção e recuperação da saúde, desde o uso empírico até fabricação de medicamentos industriais. Devido a sua evolução histórica, a fitoterapia passou a ser utilizada com terapêutica complementar no tratamento das enfermidades humanas e para suprir as necessidades de saúde da população. Neste sentindo, esta pesquisa objetivou realizar um estudo sobre a utilização da fitoterapia entre os pacientes assistidos pela Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI), localizada no município de Imperatriz – MA, com ênfase no conhecimento, aplicação e nas formas de uso das plantas no tratamento. Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, no qual foram entrevistados 147 pacientes, no período de janeiro de 2013 a abril de 2014. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer nº 056/2012. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturado onde foram investigadas características sociodemográficas e aspectos inerentes ao uso de fitoterápicos. Os resultados demostraram que 59,2% dos entrevistados são do sexo masculino, com idade inferior a 60 anos; 55,1% são casados e possuem o primeiro grau incompleto (49,7%); (80,3%) são aposentados; (78,9%) possui baixa renda mensal familiar (entre 1 a 2 salários mínimos). Dentre os entrevistados, 19,1% relataram que já fizeram uso de remédios à base de plantas medicinais. Foram citadas 26 plantas, sendo que as principais foram a erva cidreira como calmante e combate da insônia (32,1%), a laranja (14,3%) como hipotensor e o boldo como digestivo e hepatoprotetor (10,7%). Em relação à parte utilizada da planta e o tipo de preparo do remédio, os pacientes relataram usar principalmente as folhas e a casca (laranja) por meio do processo de decocção. Os resultados demonstram a ocorrência da utilização de fitoterápicos pelos pacientes renais de forma indiscriminada, errônea, equivocada e sem a orientação de um profissional de saúde. Assim, é necessária a adoção de ações educativas que favoreçam o acesso às informações sobre o uso adequado das plantas medicinais por pacientes com DRC. Neste contexto, o papel do enfermeiro é fundamental para realizar um planejamento adequado que favoreça o uso racional dos fitoterápicos.