INTRODUÇÃO: O Brasil é o segundo no mundo em número de casos de Hanseníase, que é uma doença infectocontagiosa, crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, que atinge as células da pele e dos nervos, sendo de grande importância para a saúde pública, pela sua magnitude e seu alto poder incapacitante, onde seu controle ainda é um desafio a ser superado. OBJETIVO: Avaliar a assistência de enfermagem aos pacientes com hanseníase com ênfase nas reações hansênicas e na segregação social. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, através de artigos indexados no Banco Virtual em Saúde. Foram identificados os artigos que atendessem aos critérios de inclusão: publicados nos últimos entre 2009 e 2013, disponíveis eletronicamente na integra e na língua portuguesa. Totalizando em 25 artigos, os quais foram analisados de acordo com ano de publicação, abordagem metodológica, cenário e categorias temáticas. RESULTADOS: Através da análise dos artigos observou-se que o maior número de publicações foi no ano de 2012, sendo a maioria das pesquisas quantitativas e realizadas em Unidades Básicas de Saúde. Foram definidas as categorias: A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS EPISÓDIOS REACIONAIS DA HANSENÍASE: De acordo com a análise percebeu-se que as reações mais comuns foram às chamadas reações hansênicas, a Reação Reversa e o Eritema Nodoso Hansênico, que envolvem distintos mecanismos de hipersensibilidade. Segundo autores, são processos inflamatórios agudos, localizados ou sistêmicos, resultantes de alterações no balanço imunológico entre o hospedeiro e o agente infectante. A outra categoria foi A ENFERMAGEM NO PROCESSO DE REINSERÇÃO SOCIAL DOS PACIENTES DEVIDO AO PODER INCAPACITANTE DEIXADO PELAS SEQUELAS: A hanseníase é uma doença com uma história marcada pelo medo, preconceito e isolamento social. Por provocar lesões incapacitantes e deformidades físicas, os portadores da hanseníase ocultem seu problema, a fim de não serem discriminados, colaborando para um diagnóstico e tratamento tardios. CONCLUSÃO: A hanseníase tem uma carga de estigma que deve ser desconstruída com o acolhimento, seguido de um processo de educação em saúde, com ênfase no autocuidado e na corresponsabilidade em relação ao tratamento. A enfermagem torna-se relevante por ser a profissão que tem mais contato com o doente e o familiar, respondendo pela prescrição de ações passíveis de serem realizadas no cotidiano do portador da doença, conforme a sua singularidade.