INTRODUÇÃO: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades, com a possibilidade de complicações das formas agudas, de médio e longo prazo quando da cronifcação. Existe uma preocupação maior com a prática dos profissionais de saúde que estão em contato frequente com sangue e fluídos orgânicos contaminados, por apresentarem uma vulnerabilidade maior ao vírus caso tenham comportamentos de riscos. OBJETIVO: Analisar artigos publicados em periódicos indexados a cerca das ações desenvolvidas na saúde sobre a Hepatite, com ênfase na enfermagem e a sua susceptibilidade aos riscos ocupacionais. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão de Literatura, sendo realizado levantamento de produção científica na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os critérios de inclusão: estar disponíveis em português, publicados entre os anos de 2009 a 2013, relacionados à temática e possuírem texto completo. RESULTADOS: A amostra foi composta por 13 artigos, prevalecendo o ano de 2011 e a abordagem exploratória e epidemiológica nos artigos. Os mesmos foram agregados por similaridade, surgindo categorias temáticas: FATORES ASSOCIADOS AOS ACIDENTES OCUPACIONAIS ENTRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE; A IMPORTÂNCIA DO USO DAS PRECAUÇÕES UNIVERSAIS COMO FATOR DE PROTEÇÃO NOS ACIDENTES OCUPACIONAIS; A NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO PERMANENTE RELACIONADA À HEPATITE. A maioria dos artigos apontava que os profissionais de enfermagem são os mais acometidos pelos acidentes de trabalho com material biológico, causados principalmente por objetos perfurocortantes. A falta de conscientização dos profissionais sobre a possibilidade de acidentes, e a respeito da importância do uso de EPIs e da imunização, predispõe ao elevado índice de acidentes com material biológico. Verifica-se a necessidade da educação permanente quanto à saúde do trabalhador, a qual deve abranger os riscos e prevenções de acidentes ocupacionais, de forma contínua e atualizada. CONCLUSÃO: Os achados bibliográficos revelam que o principal fator de risco abordado é o não uso de EPI associado com uma deficiência da educação continuada sobre o assunto. Diante dos riscos ocupacionais presentes e a iminência dos acidentes de trabalho na profissão, a enfermagem deve fundamentar suas ações em conhecimentos científicos atualizados.