Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
CONHECIMENTO E PRÁTICA DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS POR ESTUDANTES ADOLESCENTES: UM ESTUDO COMPARATIVO
Relatoria:
ALINY DE OLIVEIRA PEDROSA
Autores:
- NYTALE LINDSAY CARDOSO PORTELA
- LAYANA PACHÊCO DE ARAÚJO ALBUQUERQUE
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A adolescência é um período marcado por intensas transformações biopsicoemocionais e socioculturais, tornando o jovem susceptível a situações de risco, como gravidez indesejada, abortos provocados, morbimortalidade materna e infantil e exposição às doenças sexualmente transmissíveis. Logo, o conhecimento sobre contracepção e os agravos provenientes de relações sexuais desprotegidas é imprescindível para que o adolescente possa vivenciar o sexo de maneira saudável e segura. Objetivo: Comparar o conhecimento e a prática dos métodos contraceptivos entre estudantes adolescentes das escolas públicas e privadas do município de Caxias, Maranhão. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, realizado com 231 adolescentes na faixa etária de 16 a 19 anos, sendo 32 de duas escolas privadas e 199 de duas escolas públicas. A coleta de dados se deu pela aplicação de questionário estruturado nos meses de março e abril de 2013, sendo a análise feita com a utilização do software Epi Info. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Maranhão sob o número do parecer 191.103/2013. Resultados: Dentre os adolescentes, 67,5% eram do sexo feminino e 32,5% do masculino, com média de idade de 16,8 anos. Quanto ao início da vida sexual, 62,5% dos estudantes de escolas privadas e 30,8% das públicas relataram ter iniciado a vida sexual, sendo, em sua maioria, homens. A primeira relação sexual dos garotos ocorreu com média de idade de 13,67 anos nos estudantes de escolas particulares e de 14,96 anos, nos de escolas públicas. Nas garotas, quase não houve diferença de idade da primeira relação sexual entre as estudantes de escola privadas e públicas, sendo em média 15,25 anos e 15,29 anos, respectivamente. Em relação ao uso de contraceptivos, 90,0% dos jovens de escolas privadas e 87,1% das públicas referiram utilizá-los, sendo a camisinha masculina, o método mais mencionado. No que diz respeito ao conhecimento sobre métodos contraceptivos, constatou-se que, embora os estudantes de escolas particulares tenham apresentado conhecimento um pouco maior que os adolescentes das escolas públicas, o conhecimento é insuficiente em ambas as escolas, o que pode refletir na sua prática. Conclusão: Concluiu-se que as práticas contraceptivas dos jovens precisam ser discutidas no contexto político para que sejam feitos investimentos em educação sexual. Recomenda-se a inserção da equipe de saúde nas escolas para promoção da saúde dos adolescentes.