O suor é necessário para regulação da temperatura corpórea, entretanto, a hiperatividade das glândulas sudoríparas leva à transpiração excessiva, doença conhecida como hiperidrose, de origem primária (sem causa conhecida) ou secundária (associada à obesidade, menopausa, drogas antidepressivas e álcool). Trata-se de uma patologia benigna, pouco conhecida que causa inúmeros prejuízos sociais, profissionais e psíquicos aos seus portadores. Vários tratamentos paliativos são empregados, entre eles, cremes, desodorantes, botox, etc. No entanto, apenas a cirurgia tem efeito imediato e permanente. Com base no exposto, a presente pesquisa buscou identificar e descrever as condições pós-cirúrgicas e reflexos na qualidade de vida, que o procedimento trouxe aos pacientes que realizaram o procedimento cirúrgico de simpatectomia torácica na Clínica Britto e Dassoler Ltda na cidade de Francisco Beltrão, sudoeste do Paraná. O estudo foi desenvolvido através de um inquérito telefônico junto aos pacientes que realizaram o referido procedimento cirúrgico no período entre julho de 2012 a julho de 2013, Os dados foram gravados em um dispositivo de MP3 e após transcritos na integra, viabilizando a categorização. Para análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2004). O estudo envolveu 05 (cinco) pacientes; 60% responderam ao inquérito telefônico; Destes, 60% tinham até 30 anos, 80% pertenciam ao sexo feminino, sendo 40% estudante. Quanto ao procedimento realizado, 80% realizaram Simpatectomia Torácica Palmar e 20% axilar, relatando profundos desconfortos causados pela hiperidrose antes da cirurgia e melhoras significativas após o procedimento. Frente às reações pós-cirúrgicas, a sudorese compensatória relatada pelos pacientes foi classificada como "leve" não acarretando desconforto para esses pacientes. Ressalta-se que a ocupação dos indivíduos é um dos fatores que acabam induzindo a procura pelo processo cirúrgico, na busca de tratamento efetivo da hiperidrose, principalmente em relação à sudorese palmar, dada a dificuldade na escrita ou manipulação de objetos (BRIOLO, et al; 2006). Dentre pacientes pesquisados, não foram identificadas reações pós- operatórias exacerbadas, nenhum paciente demonstrou arrependimento, sendo relatada melhora significativa na qualidade de vida destes pacientes.