INTRODUÇÃO: Pode-se conceituar, discretamente, Direitos Sexuais e Reprodutivos como a tradução de diretrizes que compõem as respostas dos seres humanos à expressão de sua sexualidade e fecundidade, respectivamente. Os mesmos constituem um leque de temáticas relacionadas à saúde da mulher e do homem os quais demonstram a necessidade do estabelecimento de uma relação dialógica para debater conceitos sobre o assunto. Especialmente, destaca-se essa propriedade de trabalho tangendo a lógica da Saúde da mulher, uma vez que estas adoecem mais por causas intrinsecamente relacionadas a questões sexuais e reprodutivas. OBJETIVO: Relatar a experiência acadêmica com o diálogo sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com usuárias da atenção básica. METODOLOGIA: Relato de experiência desenvolvido a partir da vivência prática de acadêmicos dos cursos de Enfermagem, Medicina, e Psicologia da UFCG (integrantes do Pró-Saúde/PET-Saúde) na realização de oficinas com mulheres em idade reprodutiva (10 a 49 anos). A descrição aqui proposta é produto da concretização de uma oficina realizada com 14 usuárias de uma UBSF do município de Lagoa Seca - PB intitulada “Direitos Sexuais e Reprodutivos: uma Visão geral sobre a Saúde da Mulher”. RESULTADOS: O tema mostrou-se bastante amplo e despertador de curiosidades, principalmente quando abordadas questões referentes à reprodução, fato o qual vai de encontro ao processo de medicalização do corpo feminino integrado ao conhecimento do organismo, as relações de gênero, manifestação da sexualidade, abordagem as IST, planejamento reprodutivo e violência. As mesmas foram levantadas através da troca de saberes em cada temática questionada, o que demonstrou vivências e discursos diferentes que foram abraçados e discutidos organizadamente. CONCLUSÃO: Entender que os Direitos Sexuais e Reprodutivos influenciam diretamente o processo saúde-doença faz parte de uma construção significativa da abordagem interdisciplinar e da sistematização do cuidado, uma vez que também passa pela compressão basilar que a Educação em Saúde faz parte da metodologia da assistência à Saúde da Mulher.