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Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
O RECONHECIMENTO ENQUANTO FORÇA QUE MOVE O TRABALHO DA ENFERMAGEM
Relatoria:
VERA NILDA NEUMANN
Autores:
  • Maria Édila Abreu Freitas
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: O reconhecimento e a valorização são estímulos para o crescimento dos trabalhadores, o que influencia na motivação da equipe de enfermagem no cuidado ao outro. Entretanto, em nosso dia a dia, somos mais criticados, do que incentivados. Considerando que os fatores motivacionais influenciam na satisfação do sujeito no trabalho e reflete na produtividade, um olhar para essas questões se faz necessário, o que justificou esse estudo. Objetivos: compreender o significado de qualidade de vida no trabalho (QVT) sob a óptica da equipe de enfermagem de um hospital de médio porte, no interior do Estado de Minas Gerais. Metodologia: pesquisa de inspiração qualitativa, fundamentada nos pressupostos fenomenológicos. Os sujeitos da pesquisa compreenderam 15 profissionais da equipe de enfermagem que trabalham em um hospital de grande porte. Os dados foram coletados em junho de 2006, por meio de entrevista aberta, tendo como questão norteadora: “O que é para você, Qualidade de Vida no Trabalho?”. Para a análise compreensiva dos dados, seguiram-se os momentos metodológicos citados por Martins, emergindo três categorias, das quais apenas uma será explanada neste estudo: “Reconhecimento: força que move o trabalho”. Resultados: O reconhecimento do trabalhador foi percebido como significativo para a QVT dos sujeitos do estudo e pode vir de gestores, dos membros da equipe e dos pacientes. Ser reconhecido no trabalho traz satisfação e renova para o desempenho das atividades. O apreço à profissão faz com que desempenhem suas atividades com prazer e prestem uma assistência de qualidade. A equipe afirma a necessidade de estar bem consigo mesma para poder cuidar do outro. Esse “estar bem” envolve o comprometimento do trabalhador no sentido de cuidar-se, preparar-se para o desenvolvimento de suas atividades, e evidencia a importância que o hospital tem como parceiro na produção do cuidado aos profissionais da equipe, dando-lhes condições dignas de trabalho para que possam produzir e viver o cuidado na sua integralidade. Conclusão: o respeito ao profissional de maneira global produz repercussões em um corpo onde não há separação entre o emocional e o físico, conforme concebido na visão cartesiana do modelo biomédico, da ciência experimental. Os gestores devem atentar-se para a corporeidade, ou seja, para o ser humano em sua integralidade, resgatar o humano que existe em cada trabalhador da equipe, o que refletirá na QVT e na assistência prestada ao paciente.