O processo de envelhecimento pode ser acompanhado pelo declínio das capacidades físicas e cognitivas, de acordo com as características de vida. Os déficits cognitivos representam um declínio em relação a um nível anteriormente superior de funcionamento, podendo, assim, comprometer a realização de atividades cotidianas pelo idoso, o que predispõe o encaminhamento desse a instituições de longa permanência. O presente estudo objetivou avaliar o nível de cognição de idosos institucionalizados. Trata-se de estudo transversal, de caráter descritivo e abordagem quantitativa realizado com idosos de idade igual ou superior a 60 anos em três instituições de longa permanência localizadas no município de Teresina/PI. A amostra foi composta por 96 idosos e os dados foram coletados no período entre outubro e dezembro de 2013, mediante a aplicação de um questionário socioeconômico e epidemiológico e através da utilização do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Obteve-se que 92,7% dos idosos apresentaram alterações no MEEM. Destaca-se entre as variáveis estudadas que, destes, 50,6% possuíam idade superior a 73 anos e 60,7% tinham dificuldade de locomoção. Dos 7,3% daqueles que não apresentaram alteração ao exame, 71,4% possuíam idade inferior a 73 anos e 57,2% não apresentavam dificuldade de locomoção. Ressalta-se que 100% dos que faziam uso de cigarro ou bebida alcoólica apresentaram alterações no MEEM. O estudo do desempenho cognitivo em idosos institucionalizados, além de auxiliar na identificação precoce de transtornos demenciais, deve favorecer a implantação de estratégias de prevenção dos déficits cognitivos que possam maximizar a capacidade mental e funcional e contribuir para a melhoria da qualidade de vida desses idosos.