Está instaurando-se na população brasileira uma inversão na pirâmide etária, onde existe um aumento crescente do número de idosos, bem como de patologias associadas ao processo de envelhecimento. Dentre elas estão os transtornos psiquiátricos, especialmente a depressão. Tal transtorno é responsável pela perda da autonomia e pelo agravamento de quadros patológicos pré-existentes, sendo apontada como a patologia mais comum nesta população e que frequentemente tem seus sinais e sintomas manifestados entre idosos institucionalizados. Este estudo objetivou descrever a prevalência e os fatores associados aos transtornos depressivos em idosos institucionalizados. Trata-se de estudo transversal, de caráter descritivo e abordagem quantitativa realizado com idosos de idade igual ou superior a 60 anos em três instituições de longa permanência localizadas no município de Teresina/PI. A amostra foi composta por 96 idosos e os dados foram coletados no período entre outubro e dezembro de 2013, utilizando-se um formulário sociodemográfico e a Escala de Depressão de Beck. Como resultado obteve-se que 60,42% dos idosos apresentaram algum quadro de depressão. Destes, 4,16% apresentaram depressão severa, 12,5% depressão moderada a severa, 11,46% depressão leve a modera e 32,29% depressão leve. Quanto à associação com as variáveis estudadas, a única que teve associação positiva foi a prática de atividade física, revelando que o idoso que não pratica atividade física possui 2,5 vezes mais chances de ter depressão. Portanto, percebeu-se uma alta prevalência de depressão nos idosos abordados, o que gera grande prejuízo na qualidade de vida dessa população. Assim, faz-se necessário um acompanhamento integral destes idosos de modo que sejam desenvolvidas, nas instituições, mais opções de atividades físicas e que estas sejam prazerosas e adaptadas às limitações de cada morador. Sugere-se, ainda, a realização de mais estudos nesta temática para o aprofundamento de outras variáveis que também possam estar relacionadas.