A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária. A transmissão da sífilis para o concepto durante a gestação constitui-se um grave problema de saúde pública. Das diversas doenças que podem ser transmitidas no ciclo gravídico-puerperal, a sífilis é que mantém os maiores níveis de transmissão. O presente trabalho tem como objetivo descrever um relato de experiência da implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem e dos cuidados de Enfermagem prestados a um recém-nascido com sífilis congênita.Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada em uma Maternidade pública de Teresina- PI. A coleta de dados foi realizada em janeiro de 2014, durante os dez dias de tratamento do recém-nascido. Utilizou-se as informações do prontuário, anamnese e exame físico por meio dos métodos propedêuticos, bem como o cartão de pré-natal da mãe para a coleta de informações acerca do pré-natal realizado. Após realização do histórico de Enfermagem e acompanhamento do RN, foi possível identificar os diagnósticos de enfermagem, sendo os principais: risco para infecção e risco para lesão. Definiu-se no planejamento das atividades a serem realizadas: Realizar a devida higienização do RN, Higienizar as mãos ao manipular o RN, Realizar mudança de decúbito frequentemente, manter a pele do RN sempre seca, Orientar e auxiliar a mãe na amamentação, Esclarecer as dúvidas sobre o tratamento instituído para o RN, mãe e se possível para o parceiro desta. O estudo indicou que a qualidade do pré-natal recebido pela gestante pode estar apresentando algumas deficiências que estejam gerando os altos índices de sífilis congênita, visto que se abordado nesse período a doença não se instala. A Enfermagem tem um importante papel na equipe multiprofissional tanto na atenção básica, quanto na hospitalar, por sua atuação efetiva na educação em saúde, e pelos cuidados prestados a essa clientela.