A icterícia neonatal caracteriza-se pela elevação dos níveis séricos de bilirrubina quando o fígado é incapaz de depurá-la do plasma. Em consequência, a pele do recém-nascido passa a apresentar a cor amarela, sendo este um dos sinais clínicos mais comuns no período neonatal entre o 3º e 4º dia de vida. Na fototerapia o neonato é exposto a uma fonte de luz que produz uma reação fotoquímica, transformando a molécula da bilirrubina em fotoprodutos, que são excretados pelos rins e fígado de crianças acometidas por icterícia. Esse trabalho objetiva identificar os sentimentos vivenciados pela mãe com relação ao tratamento fototerápico e estabelecer ações por meio das quais a equipe de saúde seja conscientizada sobre a importância de sua comunicação com a família do RN submetido ao tratamento fototerápico. É uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo relato de experiência, realizada por acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade do Estado Pará (UEPA), em uma maternidade particular de Belém, no período do estágio extracurricular. Para a seleção de referências científicas na área, foi utilizada a base de dados Scielo, com as seguintes palavras-chave: icterícia neonatal, fototerapia. A fototerapia é amplamente utilizada no tratamento da icterícia neonatal. Entretanto, esta terapêutica tem gerado preocupação, tristeza, ansiedade e dúvidas tanto à puérpera quanto aos familiares de crianças que devem ser submetidas a esse tipo tratamento. Embora o nascimento de um filho seja entendido como um momento de felicidade e concretização de sonhos, uma situação inesperada de doença pode contrastar com esse quadro inicial e resultar em desequilíbrio emocional. Com base nesse fato, bem como na vivência no período de estágio, foi percebido que a equipe de enfermagem necessita disseminar informações sobre o tratamento fototerápico, de maneira clara e objetiva, com o intuito de esclarecer dúvidas, assim como de amenizar o desgaste emocional de pais e familiares. Como resultado, a observação evidenciou que as genitoras experimentam sentimentos negativos quanto à fototerapia, tais como medo, tristeza, ansiedade, devido à sua falta de conhecimento acerca da referida terapêutica. Esse comportamento revela a existência de falhas na comunicação da equipe de saúde do hospital para com os pais e familiares dessa criança. Nesse processo, a equipe de saúde possui papel fundamental.