INTRODUÇÃO: As Ordens de Não ressuscitar (ONR) são mecanismos que podem ser utilizados em consenso entre médicos, pacientes, familiares e instituições de saúde, cujo objetivo é de orientar o não início das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em casos que não há benefícios clínicos comprovados. OBJETIVO: Desse modo o presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos éticos e legais do posicionamento do enfermeiro diante da ONR. METODOLOGIA: Para o desenvolvimento deste estudo, foi realizada uma pesquisa de revisão bibliográfica do tipo integrativa. As buscas foram feitas a partir das bases de dados da Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME). RESULTADOS: Consideramos publicações que se enquadravam com a temática em questão, além de tese e dissertações de mestrado, e estudos que abordaram a perspectiva dos familiares diante desse assunto. E foram excluídos estudos que não atenderam a perspectiva do tema proposto. Dos resultados obtidos a partir da seleção e análise de treze artigos, 46% são favoráveis à participação do enfermeiro no processo decisório da ONR, já 54% são favoráveis ao processo, mas somente com a decisão médica. Esses dados demonstram que as opiniões favoráveis e contrárias estão equilibradas, pois a ONR ainda não possui amparo legal para sua prática gerando divergências nas opiniões, sendo comprovadas pelos valores obtidos da análise dos artigos. Um dos fatores que levam esse tipo de posicionamento são todos os aspectos éticos envolvidos, que é a de presenciar as questões emocionais por parte dos familiares durante aquele momento, e a posição dos profissionais em lidar com dúvida em decidir ou não sobre uma possível ONR. CONCLUSÃO: A partir da análise feita, verificamos que a tomada de decisão da ONR é realizada de forma unilateral, e que faz parte do cotidiano dos médicos assistentes à pacientes em fase terminal. Mas, os enfermeiros consideram que a sua opinião deve ter relevância na tomada de decisão, pois acreditam ser â??defensoresâ?? do doente, por possuírem competência na avaliação da qualidade dos cuidados prestados, certificando sua continuidade e emitindo dados consistentes aos integrantes de sua equipe sobre atual situação do paciente. Pesquisa feita com APOIO FINANCEIRO pelo Programa de Auxílio Eventos (Pró-Evento) da Universidade Estadual de Goiás.