O acolhimento como tecnologia leve se torna um instrumento potencializador para promover, gerenciar, concretizar e edificar os cuidados personalizados e direcionados pela Equipe de Enfermagem. Para acolher a pessoa humana, a família e a coletividade a Enfermagem reconhece a intersubjetividade do outro com o intuito de afetar positivamente a qualidade de vida. A solidificação do afeto e do cuidado reduz as barreiras para o atendimento individual e interdisciplinar. A abordagem dos profissionais de saúde favorece a emancipação das pessoas, a satisfação das necessidades e dos desejos, a avaliação do velado, do secreto e do silenciado. Acolher valoriza as ações educativas, a privacidade, o sigilo profissional, a interação e a integração do outro como um integrante do próprio cuidado. Objetiva-se neste artigo, identificar em periódicos nacionais, as ações da equipe de enfermagem que dificultam a manifestação positiva do acolhimento. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, obtida através das bases dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Para tanto, utilizou-se como critérios de inclusão artigos brasileiros, divulgados em texto completo escritos em português que explanam a temática em questão e indexados nas bases de dados entre os anos de 2005 a 2012. Verificou-se na análise de conteúdo que as ações não acolhedoras dos profissionais de saúde são: o descumprimento do horário de trabalho; o atendimento rápido e despersonalizado; o despreparo para atender e entender o sofrimento humano; o sentimento de superioridade; a introspecção e o mau humor; a violência institucional; o não esclarecimento sobre a terapêutica e outros procedimentos; o adiamento da consulta; o não encaminhamento direcionado; o distanciamento terapêutico; a descontinuidade do cuidado; a desconstrução do vínculo afetivo; o preconceito sexual, racial, religioso, dentro outros. O acolhimento institucional da equipe de enfermagem como tecnologia leve é terapêutico, sensível ao tratamento e essencial na manutenção dos vínculos afetivos. As relações éticas e dialógicas entre a equipe de enfermagem e a comunidade se processam durante toda a forma de acolhimento: na receptividade do sofrimento humano, no esclarecimento das dúvidas, no reconhecimento dos medos, no entendimento do modo de ser, de estar, de sentir e de agir no mundo.