INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é uma realidade que tem crescido mundialmente nas sociedades modernas. Trata-se de um fenômeno decorrente do aumento na proporção de pessoas idosas resultante do declínio da fecundidade, da queda nas taxas de mortalidade e do aumento da expectativa de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define população idosa como aquela com idade a partir do 60 anos. Junto a essa transição demográfica emergiu a problemática da violência contra a pessoa idosa, a qual se agregam agravos psicossociais, que tornam esta uma questão de saúde pública. Empiricamente, verifica-se que esses maus-tratos ocorrem de diversas formas e em diferentes cenários, e se mostram como indicador de vulnerabilidade deste grupo populacional que necessita da atenção multidimensional dos profissionais de saúde pública, com destaque para assistência de enfermagem. OBJETIVO: Levantar na produção científica estudos que abordem os tipos, as formas e os agravos da violência sofrida na velhice. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, construída em torno da seguinte questão norteadora: Quais os tipos de violência e os agravos que acometem a pessoa idosa? O levantamento bibliográfico foi realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no recorte temporal de 2007 a 2013. Foram identificadas apenas 10 produções científicas que atenderam os critérios de inclusão estabelecidos. RESULTADOS: Os tipos de violência de maior prevalência foram àqueles praticados no âmbito familiar e na comunidade. Com relação às formas de violência variaram desde a omissão de cuidados, ao abuso psicológico, físico, econômico e institucional. Quanto aos agravos observou-se que a violência contribui para o aumento do desenvolvimento de doenças físicas e mentais, diminuição da qualidade de vida dos idosos, elevando a mortalidade e reduzindo anos de vida produtiva dessa parcela da população. CONCLUSÃO: Dentre os problemas que acometem o idoso, a violência insurge como um fenômeno agravante que necessita de ações efetivas e da aproximação da Enfermagem a fim de notificar e auxiliar as vítimas dos abusos.