O nascimento foi historicamente considerado como um evento natural. Nas diferentes culturas, a ocorrência do parto possuía um caráter íntimo e privado. Posteriormente, o parto passou também a ser objeto da medicina, deixando de ser um procedimento íntimo e feminino para ser um procedimento medicalizado. Este estudo tem como objetivo geral analisar o que tem sido publicado acerca das principais complicações maternas associadas a escolha do tipo de parto e específicos: identificar o que tem sido publicado sobre os fatores não-clínicos que influenciam a gestante na sua escolha bem como a importância da atuação da equipe de enfermagem no pré-natal de qualidade. O parto é um processo fisiológico normal que, na maioria dos casos, deveria se desenvolver sem intervenções. Estas devem ser realizadas em último caso, quando não houver alternativa e se justificam quando absolutamente necessárias, nunca como procedimento de rotina. Neste contexto, a escolha da via de parto nem sempre esta relacionado aos riscos de vida da mulher e do recém-nascido, verifica-se a existência de um sistema de saúde voltado para a atenção ao parto e nascimento pautado em rotinas de intervenções, que favorece e conduz ao aumento de cesáreas e de possíveis iatrogênias que, no pós-parto, geram complicações desnecessárias. Esse estudo trata-se de uma reflexão crítica, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Como resultados, percebe-se que o índice de cesáreas vem crescendo gradativamente, apesar da maior incidência de complicações relacionadas a esse tipo de parto. Constatou-se que a via de parto também é escolhida através de fatores não clínicos, como: renda socioeconômica, escolaridade, conveniência do médico e data marcada, parto em uma maternidade pública ou privada e a falta de informação fornecida a gestante, além do medo da dor e do desejo da mulher manter a sexualidade preservada. A maioria das gestações e partos transcorre sem incidentes. No entanto, qualquer gestação pode representar risco para a mulher e seu filho. Os profissionais de enfermagem que prestam cuidados no período do pré-natal têm contribuído para uma gestação e nascimento de uma criança saudável e garantindo o bem estar para mulher e o bebê podendo contribuir com ações educativas. Nesse contexto, identificamos a importância do enfermeiro estar inserido em ações que tenham como foco principal a assistência humanizada e o atendimento holístico, principalmente durante as consultas do pré-natal.