A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela falência dos rins de forma lenta, progressiva e irreversível, sendo uma perturbação da função renal que influencia de forma direta na manutenção da homeostase do corpo humano. Esta é uma condição clínica, resultante de múltiplos processos patológicos. Dessa forma, pode-se prever um número cada vez maior de pacientes renais crônicos na prática da politerapia medicamentosa. O adequado conhecimento dos pacientes sobre os medicamentos que utilizam é considerado um fator fundamental para a adesão ao tratamento. Assim, este trabalho objetivou verificar o nível de conhecimento sobre a terapia medicamentosa por pacientes com DRC em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI), localizada no Município de Imperatriz – MA. Caracteriza-se por ser um estudo de campo, transversal, com abordagem quantitativa. Para tanto, foram analisados 147 pacientes, com faixa etária de 18 a 88 anos, no período de janeiro de 2013 a abril de 2014. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, sob o parecer nº 056/2012. Os dados foram obtidos através da aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturado durante as sessões de hemodiálise. Foram investigadas variáveis sociodemográficas e aspectos inerentes ao conhecimento sobre o uso de medicamentos. A partir da análise dos dados observou-se que a maioria dos pacientes é do sexo masculino (59,2%); acima de 49 anos (61,9%), possuidores do ensino fundamental incompleto (49,7%) e aposentados (80,3%). Quando indagados sobre o uso de medicamentos, 93,9% dos investigados usam somente medicamentos prescritos pelo médico; 40,4% responderam que desconhecem para que servem os medicamentos que utilizam, 60,5% relataram não saber diferenciar os medicamentos éticos, genéricos e similares e 23,8% interromperam o uso de medicamentos antes do término do tratamento e sem orientação médica, pois imaginavam estar com a saúde restabelecida. Ainda, 35,4% apresentaram alguma reação adversa ao ingerir algum medicamento e 27,2% não costumam ler as bulas dos fármacos. Assim, observou-se que a maioria dos entrevistados apresentou conhecimento insuficiente para o uso seguro e eficaz dos medicamentos, o que sugere a necessidade de intervenções de enfermagem através de ações educativas para a promoção do uso racional de medicamentos.