A doença renal crônica (DRC) consiste em lesão e perda progressiva e irreversível da função dos rins, estando associada a diversas patologias, tais como diabetes mellitus, hipertensão e anemia, levando ao uso de diversos medicamentos. A baixa adesão ou não adesão ao tratamento farmacológico prejudica o alcance dos resultados terapêuticos no retardo da progressão da DRC. Objetivou-se analisar a adesão à terapia medicamentosa realizada por 147 pacientes com DRC em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI) – MA. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa e realizado de janeiro de 2013 a abril de 2014. Foi aplicado um roteiro de entrevista para a coleta de dados sociodemográficos, clínicos e do tratamento medicamentoso. O nível de adesão ao tratamento foi estimado pelo Teste de Morisky-Green (TMG). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, sob o parecer nº 056/2012.A maioria dos pacientes é do sexo masculino (59,2%), possui idade inferior a 60 anos (63,9%), é analfabeta ou possui apenas o ensino fundamental (71,4%) e recebe até 2 salários mínimos (83%). O TMG apontou que apenas 27,4% dos entrevistados apresentaram nível elevado de adesão, e que 53,4% apresentam moderada adesão e 19,2% baixa adesão. Dentre estes pacientes, 70,1% afirmam que ao se esquecerem de tomar o medicamento, deixam-no para tomar mais tarde ou no dia seguinte. A DRC exige que o paciente faça tratamentos complementares à hemodiálise, tal como a farmacoterapia individualizada. Assim, é necessário sensibilizar os pacientes para a importância do uso correto de medicamentos e aumentar a adesão à terapia medicamentosa. Dessa forma, os resultados desse trabalho fornecerão subsídios para a equipe de Enfermagem planejar suas intervenções com vistas ao uso racional de medicamentos.