A partir do reconhecimento do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE) enquanto instrumento norteador de atitudes, valores e comportamentos, bem como mecanismo de formação de consciência individual e coletiva no exercício da profissão, este trabalho tem por objetivo refletir sobre os significados e aplicabilidades das bases conceituais inerentes ao CEPE no contexto do exercício profissional da Enfermagem. Consiste em um estudo do tipo reflexivo, exploratório e qualitativo. Para nortear as reflexões, foi realizada uma revisão da literatura e também estudo de documentos clássicos. Reflete-se sobre a relação homem e sociedade enquanto mecanismo e influência na elaboração de normas que direcionam as formas de agir, bem como sobre as demandas sociais e as leis ou normas de direito resultantes do ordenamento jurídico e dos princípios éticos vigentes na sociedade. Os diversos desafios de cunho éticos e bioéticos surgem a todo o momento no cotidiano da enfermagem, exigindo análise criteriosa e tomada de decisão, tornando-se necessário recorrer ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem com maior frequência. Neste sentido, considera-se que o conhecimento sobre CEPE propicia condições para uma efetiva participação dos profissionais no aprimoramento da Enfermagem, embora sejam escassos os estudos que se proponham a discutir a sua constituição. Espera-se que as reflexões tecidas possam contribuir com o aguçamento de ideias e estimule outras reflexões sobre a preparação profissional para o enfrentamento dos dilemas e conflitos éticos e legais e para a tomada de decisão alicerçada nos parâmetros da ética e da bioética.