O câncer de colo do útero é um dos principais problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento, devido às altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de nível social e econômico baixo e em fase produtiva de suas vidas, com aproximadamente 530 mil casos novos por ano. Esta neoplasia é o segundo tumor mais frequente na população feminina brasileira, sendo a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Vários fatores contribuem para o seu surgimento, como início da atividade sexual precoce, multiplicidade de parceiros, histórico de doenças sexualmente transmissíveis, infecções por Papiloma Vírus Humano (HPV) e baixo nível socioeconômico. A efetividade da detecção precoce, por meio do exame Papanicolau, mostram resultados positivos na redução das taxas de incidência e mortalidade desta afecção. Justifica-se a realização desta revisão, a percepção, nas práticas vivenciadas, da falta das mulheres para a realização do exame e o estigma que muitas apresentam quanto ao mesmo. Esse estudo objetiva analisar as referências relacionada à baixa adesão das mulheres ao exame Papanicolau, enfatizando os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste câncer. O percurso metodológico se deu através da busca de referências relacionada ao tema, nos bancos de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), entre os anos de 2004 a 2013. Foram utilizadas as bases SCIELO, LILACS e MEDLINE e, com isso, selecionou-se 35 artigos referentes a temática, sendo que utilizou-se apenas 21 artigos, que foram descritos no presente trabalho. Os resultados obtidos, que caracterizam os fatores determinantes para a baixa adesão ao exame Papanicolau foram: as sensações de vergonha, constrangimento de expor seu íntimo, desconhecimento da existência do câncer de colo uterino, medo de se deparar com resultado positivo, fatores socioeconômicos e sentimento de desconforto, que se dão de experiências anteriores sofridas durante o procedimento, principalmente quando este é realizado por profissionais do sexo masculino. Este estudo apresenta uma grande contribuição, pois as informações alcançadas descrevem os fatores que interferem na adesão das mulheres a realização do exame Papanicolau e, desta forma, pode-se investir em medidas que possam modificar estes fatores, principalmente por meio da conscientização da população feminina sobre a importância da realização periódica deste exame.